sexta-feira, fevereiro 12

Eu e minha enorme boca

Ontem sei lá porque caí num video do youtube do João Gordo entrevistando o Junior, irmão da Sandy ( programaço, né? ). Aí no meio da conversa ele fala algo do tipo: fulana te avisa se você coloca uma roupa muito baiana?

Putz, que mania feia essa de nós paulistas. E não venham os paulistas me dizerem que "nem todo mundo fala assim, eu não falo assim", porque muita, muita gente usa o "baiano" como adjetivo pejorativo. Eu já falei assim.

E não venham os cariocas dizer que paulistas são preconceituosos porque eles não mudam muito com o "paraíba" deles.

Uma das comadres é baiana. Ela mesmo apontou o post que eu escrevi antes de mudar pra Holanda sobre o "baianinho" que bateu no meu carro. Ó céus, que vergonha.

Mas não só baianos, mas em todos as cidades que visitei no nordeste, ouvi que tal coisa era "coisa de paulista". Acham que a gente é afobado, mal-educado, gastão. E sei lá o que mais acham, só tive a impressão de que não somos o povo mais querido no resto do Brasil.

Bairrismo, preconceito, não sei… Acho que falta de informação. Em São Paulo geralmente temos contato com os baianos mais humildes, que vem pra cidade pra trabalhar, ou então vemos aqueles estereótipos do baiano na Globo, onde o homem é sempre uma versão do Caymmi e a mulher da Gabriela. Ou Tieta, que nem sei se era baiana ou sergipana, já que Mangue Seco fica metade num estado e metade no outro.

Eu tava pensando nisso tudo ontem, assistindo a videos antigos da Ivete. Amo Ivete. Eu adorei a Bahia, Salvador, a "costa dos coqueiros" como chamam a rota dali até Praia do Forte. Tenho tanto ainda pra ver da Bahia, Morro, Porto Seguro / Trancoso, a chapada.

Putz, post non-sense esse né? É o frio. E a vontade de estar de novo na Praia do Forte. Ou de estar em qualquer praia baiana com coqueiros ( eu amo praia com coqueiros ). Comer bobó e moqueca. Comer caju, muito caju. Ouvir o sotaque, sempre usando de ao invés de da/do ( de meu pai, de minha tia ). De ver Ivetão ao vivo de novo.

Pena que em trancoso os donos de pousada achem normal cobrar 700 paus pela diária com café da manhã. E pena que Bart só possa ir pra Morro se for de aviãozinho taxi aéreo ( ele já botou os buchos pra fora na travessia playa-del-carmen/cozumel, na balsa pra morro disseram que ele morre ).

Esse ano deve rolar Brasil no fim do ano. Estou pensando em Fernando de Noronha, conjugado com Porto de Galinhas. Vamos ver...


1 comentários:

Mary disse...

Cara! É mesmo, qdo era criança lá no Rio ouvi muito chamarem qualquer nordestino de paraíba; mas quando fui ao Ceará, eles também diziam que eu só podia ser carioca: preconceito de lá e de cá.