Hoje no Estadão, li que acontecem ao menos 3 sequestros-relâmpagos por dia em São Paulo ( capital ). Eu me borro de medo de sequestro-relâmpagos.
Ter a carteira ( ou bolsa ) batida é um pé no saco, principalmente porque você vai ter que ir atrás dos documentos tudo de novo ( em 96 uma colega de trabalho foi assaltada e ela chorava não pelos documentos ou pelo susto, mas pela bolsa, uma chanel que ela havia comprado na Itália meses antes ), mas fora o susto inicial, o ladrão vai embora e você não sofre tanto.
Ter seu carro roubado, tipo chegar no estacionamento e não encontrar, é chato, mas você nem vê o ladrão, e principalmente se você tem seguro, não é grande coisa.
Mas o sequestro-relâmpago…
Quando eu ainda morava no Brasil, o chefe americano do meu irmão foi vítima. Ele ficou em poder dos ladrões por 6 horas, indo de caixa eletrônica em caixa eletrônica. Ele não falava português, então os ladrões íam ficando cada vez mais nervosos por não entender quando é que o cartão internacional dele liberaria o limite de saque diário ( era a meia noite dos USA, com o fuso, os ladrões não conseguiam sacar mais depois da meia-noite ). O americano entendeu que o ladrão falou no celular pro comparsa que ía "apagar" o gringo. O chefe do meu irmão estava no banco da frente de uma Blazer, com cinto de segurança, o ladrão no banco do lado, sem cinto de segurança, com um revólver apontado pra ele. O ladrão mandou o americano pegar a marginal, e quando eles estavam numa velocidade razoável, o americano jogou o carro contra um daqueles postes de luz. Eu não sei se o carro tinha airbags ou não, só sei que o americano conseguiu escapar e o ladrão foi socorrido por uma ambulância. Eu fico imaginando o terror da vítima pra arriscar dessa forma.
Esse ano eu tenho que ir ao Brasil, e estou mais uma vez morrendo de medo de alguma coisa acontecer, e sei que outras brasileiras casadas com estrangeiros passam pelo mesmo. Sei lá, me parece que nesse aspecto, a coisa no Brasil nunca muda, e custa muito pouco pro meliante te passar bala.
Repetindo: vontade zero de ir ao Brasil esse ano.
8 comentários:
Dri,
Procura nao ler este tipo de noticia antes de viajar senao o panico bate mesmo. Outra coisa e andar seeeempre ligada e nao confiar em ninguem. Um bandido uma vez deu uma entrevista no fantastico e disse que eles procuram pessoas distraidas...voce tem que ficar ligada em dose dupla porque nunca vi gente mais distraida e inocente do que estes holandeses.
Ola Dri,
Eu concordo com a Juliette, é melhor não ficar lendo essas matérias negativas.
A gente já tem muito no que pensar. Na família, nos filhos, no trabalho, e se ficarmos impressionadas com o índice de violência a gente não sai mais de casa. E como vai ser?
Pense em coisas boas, que a vida vai melhorar, um dia o Brasil também será um dos países mais desenvolvidos do mundo.
Se começarmos a pensar assim, quem sabe melhore mesmo??...
Beijos.
Marília.
Concordo com Juliette e Marilia. Quanto mais a gente pensa coisa ruim, mais o medo aumenta. 'E quase o mesmo efeito de ter um medo de voar e assistir documentario sobre acidente aereo...
*
E o Guilherme Fontes, hein?
;)
É...é rezar e pedir pra que nada aconteça.Foi o que vc falou, a violência é desmedida.Os ladrões não são mais só ladrões!Então é pensar positivo, evitar dar bobeira e ficar alerta.Inacreditável que ficamos com medo de voltar pra casa! Triste!
Concordo que ler esse tipo de coisa assusta e nos deixa neurótica, mas todo cuidado é bem vindo.
Qdo Espen veio para cá me ouviu recomendar mil coisas e ria de mim, achando 'exagero' meu dizer para não ostentar nada, sair sem relógio chamativo, não andar com dinheiro à mostra e etc. No primeiro passeio em Copacabana, depois de ser abordado por três moleques sujos e esquisitos pedindo dinheiro (diretamente para ele, óbvio) ele adimitiu que eu estava certa.
Não sou de SP e por isso nem posso falar nada sobre o que acontece por lá, mas aqui não é diferente. Perigo tem em todo lugar, o que vale é vc se cuidar e curtir sua estada por aqui. Bjs
Ainda nunca fui assaltada aqui em SP, mas ando que nem "mulambo". Lá no RJ também a mesma "mulambice".
A situação de violência só tem aumentado... por isso, não adianta ficar se impressionando. Fui ver o jornal na banca de revistas e a manchete da semana é que agora Curitiba é três vez mais violenta que São Paulo.
Assim, entendo porque ainda tem cidadão que não sofreu essa violência em São Paulo.
Aqui a recomendação de não ostentar, andar sem acessórios chamativos, deixar o laptop ou notbook escondido no porta malas do carro, faz parte da rotina das pessoas que moram em Curitiba. Ah, e se possível andar com 100 reais no bolso... o dinheiro do ladrão. Isso é vida? A que ponto chegamos!
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