sábado, março 26

Breaking Down



Eu não sou de fugir de uma boa briga de um bom pega-pra-capá. Enfrento o touro à unha. Mas nesse momento estou com uma vontade incontrolável de jogar todos os problemas pro alto, e olha que são muitos, catar uns vestidinhos, biquinis e havaianas e me mandar pra uma praia qualquer no Caribe, de mar azulzinho e areia fininha.

E iria sozinha! Porque estou precisando de paz e silêncio.

Burn out? Não, não foi burn out. O piripaque começou com uma comida de bola homérica da minha médica de família que tirou o diploma via correspondência e continuou com a minha tchonguisse. A diferença é que ela estudou 10 anos pra receitar paracetamol, o maior disperdício da face da terra na minha opinião é essa faculdade de medicina geral da Holanda - onde nós, os tax payers, pagamos pra esse bando de gente malemolenga aprender a receitar paracetamol - 10 anos aprendendo a justificar pro paciente por que ele não precisa de um exame e que paracetamol o curará, aliás, será que o médico ganha caixinha da seguradora por exame NÃO pedido?

Então, há mais de um ano eu estou com o ferro super baixo, mas a idiota pediu o exame de sangue no ano passado e quando eu liguei pra perguntar o resultado, ouvi que tava tudo normal. Fui saber agora nessa internação do resultado do ano passado ( fiz no mesmo hospital e os resultados ficam no banco de dados ), e que então eu já devia ter começado um tratamento de reposição de ferro. O que aconteceu? Não sei. Não sei se ela nem abriu o resultado, ou se tava cutucando o nariz e fazendo bolinha de peteira quando eu liguei e viu o número errado, ou se simplesmente é burra mesmo.

Agora, dentre os meus já graves problemas, tenho mais um: procurar outro huisarts. Porque dá pra confiar nessa aí? Não dá.

Putz, comecei falando de alhos e terminei em bugalhos. E daí minha vontade de querer sumir. E marido entende tudo, é bonzinho e tals, mas na hora do vamo-vê ele ainda espera que eu vá pro supermercado, que leve o lixo pro container, que limpe o banheiro dos gatos. E juro, não tenho energia pra isso não.

E aí, digam-me, jogo tudo pro alto e mando-me pra Cuba, Curação, Aruba?



Só de me imaginar flutuando nessa água me dá vontade de chorar.

5 comentários:

Eliana disse...

Tenho uma idéia, por experiência própria, do que te aconteceu. A gente corre sérios riscos nas mãos deste povo. Mas a gente aprende a ficar mais esperto. Espero que tudo se normalize e que vc comece o seu tratamento. Há como realizar um denúncia? Bom domingo.

Mines disse...

Dri, eu que moro aqui na Suécia, tbm não confio nesses resultados que eles dizem "ta tudo normal", por isso eu SEMPRE peco a copia dos exames e venho checar resultado por resultado. Descobri por exemplo que para os Brasil meu nível de Colesterol estaria um pouco alto, mas aqui eles consideram dentro dos padrões... Pelo certo ou errado eu mantenho as copias comigo... Eles não podem negar nunca, pois seus resultados pertencem ao paciente.

Jaboticaba Preta disse...

Ola Dri, que bom que você já esta bem melhor. Já estás seguindo alguma dieta específica rica em ferro?

Ah e boa sorte na busca do huisarts. Pois essa tua que você tem agora, só falta lhe dizer: "shit happens". Ninguém merece mesmo. :/

Beijocas e pronta recuperação~!

Alice disse...

O exame é seu, se disserem "está normal" seja aqui, no BR ou em alguma praia do Caribe repita sempre o mantra: "NORMAL QUANTO? Foi medido em que unidade?"

Agora esse seu marido, heim?! PELAMORDEDEUS!

Holandesa disse...

Só pra constar. Eu ainda teria uma conversinha bem boa com essa huisarts. Faria uma queixa e deixaria bem claro que não confiava mais nela e vai procurar outra.
Segundo: eu acho que iria pra Curaçao, senão pra Aruba ou Cuba. Nesta sequência. Justamente pela tranquilidade e praias lindas...