Como vocês sabem, motivada pelos conflitos com o OldFart, procurei na empresa um programa de Mentorship. Meu mentor é um touro, e não tem papas na língua pra falar o que quer e o que não quer pra você. Ele dá um “opdracht” ( um assignment ) e trabalhamos nele em etapas. Estamos trabalhando o tema “motivação”, e esse opdrach consistia em uma análise da pirâmide de Maslow ( googuem aí porque não importa qual a sua “carreira” – mesmo que for prendas do lar – você vai entender muita coisa e se inspirar na teoria ).
Passei muito tempo estudando a teoria, estourei o prazo, mas a verdade é que uma palavrinha ali me incomodou a um ponto que eu travei, fiquei sinceramente com medo de ter que discutir a teoria com o mentor ( que é um Touro ) e acabar revelando que eu mesmo estou me questionando de uma forma que não deveria estar a essa altura da vida.
Eu vivo, há 2 anos, desde que fui promovida, em constante pânico, constante medo de fazer alguma asneira, encafifada com o desempenho dos meus colegas ( estão se dando melhor que eu, pior? ), insegura do trabalho que antes era pra mim puro contentamento, afinal eu era boa pacas no que eu estava fazendo. E o diagnóstico é fácil: auto-estima, eu tenho sérios problemas de auto-estima.
Passei essas duas semanas revendo episódios da minha vida que geraram essa falta de auto-estima, e confesso-lhes colegas, que essa é uma “inner trip” devastadora. Reviver fatos que me magoaram tanto há 20, 30 anos é uma experiência tão ruim quanto viver o fato pela primeira vez, porque hoje eu vejo as coisas de forma diferente e fico me condenando por não ter feito isso ou aquilo.
Eu não quero ser aquele tipo de gente que fica remoendo os problemas por séculos ( ou literalmente décadas ), portanto eu preciso achar um “tratamento infalível”. Não sei se é o tal de mindfulness, afinal – het is al gebeurt ( já aconteceu ) – eu se vou pra um psicólogo pra botar as coisas pra fora, culpar minha mãe como todo mundo que vai a psicólogo faz ( terrível esse meu comentário sobre quem vai a psicólogo – mas de qualquer forma, certas culpas são mesmo da minha mãe, que eu sei tinha todas as boas intenções do mundo, e fez o melhor que ela pode, mas de qualquer forma me magoou da mesma forma ), ou se me converto a uma dessas religiões que coloca toda sua esperança cega em Deus e culpa igualmente cega no Diabo ( ao invés de seguir no espiritismo, que sempre aponta você como causa e também a solução para todos os problemas que te afligem ).
Já googuei: tratamento para melhorar a auto-estima, e caí num site que vende sapatos. Ha ha ha. Vai ver que essa é a solução pro meu dilema, comprar aquele Louboutin cinza que eu adorei.
9 comentários:
Adriana, problema de baixa auto-estima é foda, acho que é difícil mesmo melhorar, porque eu tenho desde minha adolescência, e hoje, com 46 anos, continuo me sentindo quase igual, como se não merecesse as coisas boas da minha vida. Credito a esse fato não ter ido muito longe na minha vida. Mas voce tem muito do que se orgulhar, olha onde chegou, mesmo com problemas de estima. Não é pra qualquer uma, pode ter certeza. Precisa se convencer de que merece, pode, é capaz com certeza. Um abraço.
Adriana se tem alguem mais perdida do que cachorro que caiu do caminhão de mudança com a vida profissional nos ultimos 3 anos, essa sou eu que vos fala. Nos ultimos meses eu entrei numa bad tao grande que eu comecei a reconsiderar passos que eu tomei a 10-15 anos atras, coisa que nao faz sentindo, mas eu fico tentando procurar onde foi que a coisa desandou, se já começou desandada, principalmente com a escolha do meu nome emprego. Fato é que eu estou seriamente considerando ir a um psicologo porque a coisa tá braba. Mas minha mãe vota pra que eu procure uma religião, o que vier primeiro.
Beijos e boa sorte com o seu "tratamento".
Tenta schemagerichte therapie (ou yoga!) eu recomento as duas.
Bom... como dizem os psicologos... meio caminho vc já andou só de ter se dado conta do problema. :)
E vc está indo pelo caminho certo, procurando melhorar e procurando se ajudar!
bjs
Quem nunca se culpou por um passo que deu errado que atire a primeira pedra!! Eu também penso muito nos passos que dei e que eu ainda estou dando e como penso!! Mas concordo com a Bia, só pelo fato de você ter se dado conta do problema já é mais do que meio caminho andando. Tem gente que vive uma vida inteira e não se dá conta nunca. Abs!!
Bom, os pais, eu ja cheguei a conclusao que dao o que podem dar e que pensam que e certo (nao sao perfeitos e nem herois). Nos pais tambem nos remoemos e nos culpamos por coisas erradas que fizemos com nossos filhos devido e nossa ignorancia e imaturidade na epoca em que os rebentos eram pequenos...meus pais erraram, eu errei com meus filhos e muito provavelmente meus filhos errarao com meus netos e assim caminha a humanidade. Resolvida esta parte da pendenga penso que devemos ligar o foda-se para certas situacoes e certas pessoas que bem merecem e tentar encontrar o caminho da auto estima sozinha. Religiao eu nem cogito porque e trocar um probleminha por um problemao...to fora.
bj
Querida Adriana,
Identificar o problema ja eh metade da solucao. Ok: voce tem problema de baixa auto-estima. Isso acontece com as melhores pessoas: pessoas sensiveis, ta? Ja reparou que gente de casca grossa nao tem problema de baixa auto-estima? E agora? Voce vai eh ter que se amar muito e repetir esse mantra todo o dia ate voce o interiorizar: "vim pro mundo para aprender e me tornar uma pessoa melhor."
Boa sorte, amiga.
Toma uns vinhos de fim de semana,e faz que nem o Zeca Pagodinho canta...deixa a vida me levar....vc já provou e pastou tanto aí, agora tá bem.O que te falta??Toma um remedio pra aumentar essa auto estima e viva a vida...vc tem seus gatos, seu marido, sua casa, viagens,e desencana ....que a vida engana!!!
Toma uns vinhos de fim de semana,e faz que nem o Zeca Pagodinho canta...deixa a vida me levar....vc já provou e pastou tanto aí, agora tá bem.O que te falta??Toma um remedio pra aumentar essa auto estima e viva a vida...vc tem seus gatos, seu marido, sua casa, viagens,e desencana ....que a vida engana!!!
Postar um comentário