Em casa somos ultra fãs da série “Two and a half men” ( passa no Brasil? Qual o nome traduzido? ). Na semana passada, numa das centenas de reprises, vimos o episódio em que o Charlie começa a sair com uma menina bem mais nova, aí a menina quer sair pra dançar as 11 da noite, ele responde: porque não pedimos uma pizza e ficamos em casa assistindo TV juntinhos? Claro que a menina não quer, aí ele vão convidar o irmão Allan pra ir de parzinho com a amiga da tal menina, e ele já está de pijama, tomando chá, assistindo Jon Stewart, eu respondi pro marido que nem que me oferecessem uma alta soma em dinheiro eu sairia de casa pra ir dançar 11 da noite, depois de colocar o pijama, fazer meu cházinho. Amo assistir TV de pijama de noitão. É, tô véia. É as coisas mudam, eu já saí moooito pra balada, imaginem que eu fazia estágio, ía pra casa, tomava banho e me arrumava, ía pra aula, saía 11 da noite, passava no Camelão ( o bar da faculdade ) pra encontrar a galera, e só aí íamos pra balada. Hoje… pfff…
Ando me cobrando ir pra tal ginástica porque tenho que ter a esperança de que seja o despreparo físico que me dê esse cansaço todo por pouca coisa. Sabem uma coisa que eu fazia direto e que agora me cansa deveras? Pinga-pinga pra resolver pendengas.
Paulista tem a arte de enfiar todas as suas necessidaded básicas num shopping center. AMO. Os paulistas são “the best” só por causa disso. Ali você deixa a calça do terno que precisa refazer a barra na lojinha de reparos, compra o presente do aniversário do primo, faz as unhas, paga as contas, tira dinheiro, almoça, faz as compras da semana, compra o shampoo Kerastase e bobeou, antes de ir pra casa, ainda encontra a amiga pra um docinho na Amor aos Pedaços. Tudo bem que o ticket do estacionamento no final saia a metade de um salário mínimo, but who cares?
Aqui… Humpf. Sábado acordei cedo pra ir comprar a comida especial do gato, só vende em veterinário. Estacionei meio longe, na rua ( não tem estacionamento por perto ), andei na chuva, voltei pro carro com dois sacões de 4 kg de comida. Dirigi até a pet shop perto de casa pra comprar areinha pro banheiro, estacionei, andei na chuva, voltei com duas caixas de 6 kg cada de areia. Enquanto isso o marido estava no Gamma comprando lustre. E dirigi pra farmácia pra comprar umas gotas pro ouvido que a huisarts deu – de novo estaciona na rua, anda na chuva. Cheguei em casa pela hora do almoço e eu e o marido tínhamos ainda uma listinha razoável, e eu então, como boa paulista que sou, falei pro marido que só íamos fazer o que desse pra fazer no mini-shopping da cidade ( Woensel Winkelcentrum ). Muitas vezes, mesmo que tenhamos que pagar mais em certos produtos, compramos ali mesmo só porque é conveniente. Claro que esse mini-shopping não chega aos pés de nenhum shopping requenguela de São Paulo – nem completamente coberto é! – pelo menos concentra várias lojas boas pras coisas do dia a dia ( Hema, Blokker, Kruidvat, Etos ), sem falar que tem vários supermercados, e até uma locadora de DVD. Ah, e claro, a nossa agência de viagens.
Sábado então fechamos nosso pacote pra dezembro, compramos cuecas, um travesseiro, camisetas brancas, meias, fizemos as compras no supermercado e alugamos um filme. Cada coisa em uma loja diferente. Demorei pra fazer tudo isso metade do tempo que demorei pra comprar a comida dos gatos, areia e remédio, pingando de lugar em lugar, de manhã. Como é então que os holandeses ainda não se convenceram da praticidade dos Mega-Shoppings? Povo burro!
Hoje tenho outro calvário: pra direita pegar remédio do gato, pra esquerda me matricular na academia, pros cafundós pra comprar um MP3 player, pra perto de casa pra comprar pimentões pra fazer pimentões recheados.
Fico tão, mas tão cansada….
Sábado, depois de passar o dia todo de cá pra lá, voltamos pra casa pra tirar uma soneca e irmos à festa da empresa do marido, que diga-se de passagem, é a mesma onde eu trabalhei há 5 anos. Eu estava bem animadinha pra ver meus antigos colegas, mas… tiramos uma soneca tão grande que perdemos a hora! Estávamos cansadésimos, eu acho que do pinga-pinga, o marido acha que está pegando uma gripe, ambos achamos que estamos é ficando velhos.
De uma forma ou outra, o moral da história é: nós os paulistas somos espertos pacas, shopping center é um dos pontos altos da sociedade moderna, e esses holandeses tem mais é que ir tomate-cru.
2 comentários:
Assino em baixo. Este povo aqui gosta de sofrer, so pode hahah sera que da pra ter esperanca?
Eu adorava Two and Half Man, tentei assistir vários capítulos depois que o Charlie Sheen saiu, mas não dá. O personagem Waldon (não o ator) é péssimo, a história ficou chatérrima. Peninha.
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