Acho o Facebook fenomenal. Como achei o Orkut. Encontrei gente que não via ( ou sabia notícias ) há décadas, literalmente. Parentes distantérrimos me encontraram, amigos de infância, conhecidos espalhados pelo mundo. E as fotos? Que delícia ver como está todo mundo, mais delícia ainda ver aquele seu ex xexelento gordoto e careca ( atire a primeira pedra ). Enfim.
Os meus amigos no facebook são predominantemente brasileiros da mesma faixa etária que eu. Tem também holandeses, outras nacionalidades variadas, alguns mais velhos, alguns mais novos, mas não são a maioria. E deixa eu contar algumas coisas que me encafifam.
Como tem brasileiro de 40 se comportando como se tivesse 14! Gente, o tanto de gente reclamando de amigos falsos, de gente invejosa, de colegas trapaceiros, e eu quando leio penso o seguinte: se você tem mais de 16 anos e tem amigo falso, a culpa é sua querida! Aos 40, gente falsa, invejosa, trapaceira, já não existe no meu mundo, ficou pra trás, ô joga fora no lixo ( como diria Sandra de Sá ). Não tenho hordas de amigos, tenho pouquíssimos e ótimos, coisa que aprendi com o tempo. Aliás, isso é coisa que qualquer “cerumano” inteligente chegando nos 40 aprendeu, é ou não é? Ou será que brasileiro gosta mesmo é de um dramalhão? Fulana comentou que bonitinha sua sandália rasteirinha da Dakota e a pessoua já tá achando que a colega tá secando pimenteira, botando olho gordo, vou tropeçar e quebrar a perna, bate na madeira mangalô perna de pato.
E a tropinha do meme? Carambolas, neguinho cola uma foto do vizinho, uma frasezinha de efeito qualquer, dá um nome famoso ao suposto autor, e pronto, a babaquice é curtida e recurtida mil vezes. Quantas milhares de frases supostamente da chatérrima e deprimentérrima Clarice ( né, Alice? ) Lispector você já não leu? E da Martha Medeiros? E do Charles Chaplin? E da Marilyn Monroe? E do coitado do Chico Xavier?
Eu acho que todo facebookiano é voyeur, ama ver fotos e saber da vida dos miguxos e fuçar na vida dos menos miguxos. E quem aqui não é stalker de ex? Sou assumida. Estranhíssimo ver os caminhos que eles tomaram, sempre me pergunto – se tivéssemos permanecido junto, teria sido diferente? Um que já era feio está medonho, o coitado. Um que era lindo de morrer está com uns 180 kg – sério, uma pena porque até o rosto charmosérrimo está todo distorcido, e olha que eu gosto de um homem gordinho ( ele não está gordinho – está obeso ). O namorado que mais me fez sofrer não mudou muito – sim, requenguela que sou estava querendo mais é abrir as fotos e vê-lo gordo, careca, perneta – mas ele está levemente calvo, ainda passável, praticamente o mesmo peso da adolescência, mas surpresa – surpresa – não o acho mais bonito como eu o achava, e engraçado, todo mundo me falava que ele era vesgo e eu não conseguia ver onde, e povo, ele é vesgo!!! Ah, os olhos do amor… O que me dá pena é que ele tinha tanto potencial, mas acabou se contentando com tão pouco. Culpa de uma mãe ultra controladora, imaginem que ele passou no vestibular pra fazer direito na USP, mas a mãe o convenceu que era besteira, longe demais, puxado demais, que fazer direito São Bernardo já tava bom (!!!)… e esse tom de “já é bom o suficiente” parece ser o “motto” da vida dele. No geral, esses “exes” levam vidas que eu não gostaria de estar levando, têm obviamente prioridades da vida que estão muito longe de ser as minhas. Deus realmente escreveu certo por linhas tortas.
2 comentários:
Eu não cito CL, só espalho foto do Mussum! hehehehehehehehehehehe
Idem, Alice ;) E sempre achei a CL insuportavelmente chata. Assim como a Elis Regina, o Milton Nascimento, a Leila Diniz e mil outros "mitos" da "cultura brasileira" que eu nunca consegui compreender como podem ser considerados mitos de coisa alguma.
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