Ele, todo charmoso e bem apanhando, sentou-se na minha frente e bebemos Lipton enquanto esperávamos o almoço. O restaurante no estádio de futebol da cidade não é nem bandejão nem estrela Michelin, é no geral agradável.
Ele desdobra o guardanapo de papel, aliás sempre admiro esses guardanapos de papel modernos, quase parecem de pano. Mas então, com o guardanapo desdobrado ele limpa a narina direita, depois a esquerda. Nada de enfiar lá dentro, aquela limpada meio-do-caminho. Ele desdobra o papel, vira e dá uma meio assoada. Tudo isso enquanto me conta do irmão que trabalha na Antártida.
A comida chegou e ele redobrou o guardanapo, creio eu que na tentativa de achar um lugar ainda não usado do pedaço de papel, e elogiou o hamburguer com queijo.
Enquanto eu pensava no disperdício que foi minha mãe me ensinar mil vezes que tudo que tem a ver com assepsia nasal deve ser feito no recôndido do banheiro, pra eu vir parar aqui, onde ninguém aprecia ou sequer reconhece meus bons modos, lembrei que ainda essa semana passarei por outro momento eca.
Se eu ganhasse um euro por holandês assoador de nariz em guadanapo de restaurante, tinha já uma casa lindona na praia, e se somasse outro euro por cada holandês que limpa a testa com aquela toalhinha úmida quentinha que dão antes da refeição no avião, tinha uma mercedinha na garagem da tal casa.
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7 comentários:
Nossa, me deu ânsia, sinceramente.
Bj
kkkk
E os peidinhos soltados em público? :D
Ohhh Adriana, se vc se lembrar do Tião Macalé...ele diria bem assim do seu post:
"_Nojeeeeeento!"hahahaha
Ai ai ai...tira o apetite , não é?
Isso se chama "INTEGRAÇÃO"!!!KKK
Bom demais seu blog... li e li sem cansar!!
Bjos floridos
JÚ
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