Essa semaninha que eu passei em Portugal foi cuidadosamente planejada e veio na horinha em que eu achava que eu ía pirar de tanta pressão no trabalho, e overload, e pânico meu e alheio por todos os lados.
Semana passada eu voltei calminha, e estabeleci um ritmo legal de trabalho, mas já tá degringolando de novo, e eu não quero voltar àquela loucura que estava antes de eu ir de férias. Eu estava nervosíssima, tava chegando a ser grossa com as pessoas sem nem mesmo notar, em casa eu estava sempre o bagaço… Não, não quero voltar praquela vida, mas a pergunta que não quer calar: eu não quero, mas será que posso?
A empresa vai continuar nessa doidera até 2013, quando lançamos um novo modelo de caminhão no Mercado, até lá vai ser esse pega pra capá. Qual a alternativa? Mudar de emprego?
Vem uma nova crise aí, a gente já tá até se preparando, então quem mudra de emprego agora, ano que vem estará com a bunda na janela na hora que a crise chegar, porque cês sabem né, último a chegar primeiro a sair.
Philipona mandou convitinho pra entrevista de novo, via Linked in, agora: quem se arrisca ir praquele barco afundando? A cada ano é uma nova reorganização, cada vez mais reduzem o quadro de funcionários, e antes que venham com aquele lenga-lenga do “Adriana, mas você não se garante?”, digo-vos já que o problema não é a garantia, mas o saco que é passar por aquela novela que a Holandesa passa todos os anos, não sabe pra onde vai, pra que cargo vai, quem sera o chefe, faz entrevista pra manter o próprio emprego, isso tudo é insuportável demais. Um dos poucos benefícios de trocar a vida profissional brasileira pela holandesa é não ter mais que lidar com facão anual, aos quais eu sobrevivi 9 anos aliás – mas nem por isso sofri menos ( ok, seria pior ter sido decapitada no facão, mas mesmo assim a tensão pré-facão é terrível e ver seus amigos desesperados deixando a companhia é também hor-ro-ro-so). Não, Philipona não rola, mas na região, quem mais?
A parte terrível do gerenciamento é que só vem pepino pra sua mão, a parte legal os compradores fazem. E não há muita continuidade, o comprador começa uma cotação, negocia, escolhe o fornecedor, eu agora como gerente só pego pedaços, e sempre os pepinos, de cada processo. Sei lá se tô mais feliz como gerente do que como compradora. Gosto do salário e gusto do assistente, mas de resto… tenho lá minhas dúvidas.
O OldFart continua fazendo oldfartisses, essa semana temos que entregar o fechamento do ano pra finanças, ele nem começou. Eu vou me esquentar? Não… dessa vez registrarei num log que eu fiz minha parte, se ele xexelentar a apresentação dele, tô nem aí.
Tô em crise existencial povo. E semana que vem estou indo pro Brasil. Meninuchos terão que ir pro hotelzinho porque o marido tá com medo de não dar conta do tratamento do Tyty, e sinceramente, dá um belo trabalho… Limpar banheirinho 2 vezes por dia, comida separada 2 vezes por dia, remédio em pílula, pó na comida seca, comida molhada de noite… Ó céus… E eu nem vou poder me acabar no pão de queijo assim que chegar!!!!!
Hoje, se eu pudesse, comeria um saco inteiro de pão de queijo de Minas congelado, feitinho na hora e recheado com requeijão. Me deu taquicardia só de pensar…
1 comentários:
Adriana, minha amiga (posso te chamar assim?)
A unica coisa que posso fazer eh passar pra voce uma "dica" que alguem, a mais de 20 anos atras, passou pra mim. Por favor, leia "The road less traveled" do psiquiatra M. Scott Peck. Da minha parte, eu so peco pra voce se amar ao menos um pouquinho. Beijos e tudo de bom pra voce.
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