terça-feira, agosto 23

Flores que trazem amores

Assistindo um documentário ontem eu pensei, putz tem tanta gente tão talentosa no mundo… compositores, cantores, atores, a lista é gigantesca. Como uma melodia vem na cabeça de um indivíduo, ou um livro - ou mesmo uma saga - vem na cabeça de uma pessoa numa viagem de 2 horas de trem?

Eu não sei cantar, não sei compor, não sei atuar, não sei pintar, não toco nem triângulo… e quais são os seus talentos? Nenhum! Triste isso… vou chegar no céu, São Pedro vai me perguntar o que eu fiz com a vida que o Divino me deu e eu vou responder: comprei peças automotivas que entraram na construção de imensos ( e poluentes ) caminhões que transportaram muitas flores que trouxeram muitos amores ( tá vendo, nem poeta eu sou ). Blé. Isso é o que São Pedro vai me dizer: blé.

Vi uma entrevista com a autora da saga Twilight. Dona de casa, formada em literatura, exausta por cuidar de 3 filhos, o mais novo com 1 ano, ela teve um sonho, o capítulo 13 do primeiro livro ( Edward está numa clareira mostrando para Bella que vampiros não saem a luz do dia não porque queimam, mas porque brilham que nem diamantes ), escreveu uma pagininha descrevendo o sonho, e continuou escrevendo sobre o que aconteceu depois que a menina viu o vampiro brilhante, e quando ela percebeu, o livro estava pronto. Ela diz que nem notou que era um livro até a irmã dela dizer: isso é um livro!

A Seicho-no-ie diz que somos manifestação da força divina, portanto fonte inesgotável de inspiração. Será que eu, que não sei cantar, dançar, compor, tocar instrumento, também tenho essa conexão divina? Será que a inspiração vem, mas eu estou tão ocupada comprando peças automotivas que eu nem percebo?

Eu acho que muitos de nós, ou pelo menos eu, se auto-boicota. Por exemplo, vendo a entrevista da tal autora, eu pensei: taí, vou escrever um livro, idéias loucas eu tenho à beça. Daí eu mesmo começo a me sabotar: em que língua, capiau - o seu português tá uma meleca, seu inglês não chega lá, em esperanto? Adriana, a própria Stephanie Meyer disse que recebeu 9 rejeições de agentes, 5 ignoradas, só uma se interessou, você sabe ao menos como começar a procurar um agente literário?

E taí, eu mesma já matei meu livro, que não teve página sequer.

Quando eu decidi operar o estômago eu comecei um tipo de diário, por sugestão da psicóloga que fez o assessment pra ver se eu estava preparada para a operação. Continuei escrevendo até quase um ano depois, contei como eu mudei, como as pessoas mudaram, as agruras, as felicidades, tudo protegido por password e nunca mostrado pra ninguém. Quando eu li Eat, Pray, Love, fiquei abismada com a superficialidade de tudo aquilo ali, minha jornada pré e pós operatória, incluindo minha imigração pra Holanda, tem 50 vezes a profundidade daquele livro, mas foi ela que escreveu a historinha, e foi a historinha dela que virou filme, é ela que está agora podre de rica vivendo numa praia na Flórida…

Ultimamente nem post eu tô tendo inspiração pra escrever. Às vezes tenho dó de vocês que vem aqui pra ler postizinhos felizes de uma brasileira morando na Europa e só encontram minhas maquinações existenciais, temperadas com uma imensa dose de mal humor.

Agora vou voltar pras minhas peças aqui. Caminhões tem que ser feitos pra transportar muitas flores que vão levar muitos amores. Tá. Eu sei. Poeta, também não.





segunda-feira, agosto 22

Crise, e não é econômica...


Nunca, nem na época que eu fui hospitalizada, me senti tão cansada. A pressão no trabalho está insuportável, se eu acreditasse em burnout, diria que estou à beira de um.

A pressão, o volume de trabalho, está absolutamente desumano. Semana passada recebemos reforços, eu ganhei mais um "acessor para assuntos aleatórios", que tem que ser treinado, diga-se de passagem, e pelo menos veio a boa notícia de que na semana 40 o projeto deve desacelerar.

Estou a um mês sem carboidratos, e nessa época de excesso de trabalho, e ansiedade, e pressão, e nervosismo, ficar sem minha bengala - os doces - está dificílimo. Mas por outro lado, além do emagrecimento - leeeeento que vocês não acreditariam - estou me sentindo ultra bem, acabaram meus piripaques, não sou mais escrava da comida.

Quando digo que eu não acredito em burnout é porque eu acho que a pessoa vê o seu limite chegando, e tem que fazer algo antes da crise ( a tal que não é econômica ) chegar. Por isso estou planejando uma semana off em setembro pra me dar um gás até fins de outubro, quando devo ir à uma viagem de negócios, que embora intensa, me livrará da pressão absurda desse projeto maldito por uns 10 dias. Quando eu voltar, é começar a arrumar as coisas pras minhas férias em dezembro. Que deus me ajude a aguentar essas semanas até minha folguinha, que se Deus ajudar, será em outra ilha da Grécia ( já fomos pra Rhodos, Creta e embora não seja Grega, fomos para o lado grego de Chipre ).

E a crise, a econômica? Dizem que vem. A empresa já começou a se preparar, temos dois funcionários com contratos anuais e já estamos rebolando pra conseguir dar um contrato fixo, que não é garantia de nada, mas é mais firme que os contratos anuais. Em 2009, todos que tinham contratos anuais foram-se. Meu braço direito é "emprestado" da empresa Nedcar, e se ele se for, juro que eu surto, tenho o tal burnout em 3 minutos.

Estou cansada, povo, muito muito muito cansada. Minha paciência tá curta, tenho tonturas horríveis, me sinto meio "bêbada" o dia inteiro - parece quando você toma uma golada de bebida alcoólica num estômago vazio -, e esqueço tudo, abro a geladeira pra pegar alguma coisa e já esqueci o que era, e chego aos fins de semana quase comatosa.

Tem que ser mais fácil ganhar o pão de cada dia, tem que...

terça-feira, agosto 16

O que está acontecendo?

Nesse findi eu estava conversando com uma antiga colega de faculdade no Facebook e me admirei dela ainda estar solteira, com a mesma idade que eu ( 38, abafa ). Do tipo mignon, magrinha, traços bonitinhos e delicados, inteligente - pós e várias línguas, ótimo emprego, apartamento, carro, e embora eu não a conheça ultra bem, ela é legalzinha. O que acontece?

Tenho várias outras amigas, com diferentes graus de beleza, de diferentes "backgrounds", mas que são todas mulheres cheias de boas qualidades, e estão sozinhas. E não é que elas não queiram encontrar alguém, querem, mas ou não encontram ou quando encontram não são encontradas.

Será que há menos homens? Será que eles querem cada vez menos compromissos, formar uma família? Será que essa geração de mulheres bem sucedidas os deixa inseguros? Será que as amigas, sendo bem sucedidas, escolhem mais e o homem brasileiro ( ou parte deles ) ficou pra trás?

Eu fico pensando nessa geração que vem aí, a geração dos meus sobrinhos, como será ela? Se por um lado eu vejo essas meninas tendo todas as oportunidades que os rapazes, estudam nas mesmas escolas, e aprendem línguas, usam computadores com a mesma habilidade que qualquer menino, e fazem esportes, tocam instrumentos; por outro vejo que há ainda menos tolerância do que havia antes com a aparência física. Nas fotos da minha sobrinha, que é ultra social e está sempre cercada de amigas ( e ultimamente também de amigos ), todas tem os cabelões comprido e lisos, todas - aos 12 anos - chapinham os cabelos as 7 da manhã antes de ir pra escola. As roupas parecem uniformes, o mesmo shortinho, as mesmas blusinhas, e se alguém diz que a moda é xadrez, as 11 meninas na foto estão de camisa xadrez.

Aqui na Holanda, eu moro no interiorrrr, não sei como são as coisas na capitarrrr, mas embora TODOS os rapazes que trabalham comigo sejam casados ou namorem, entre as mulheres temos uma solteira de 44 anos, uma divorciada de 36 que procura um namorado, e uma moça de 28 sem namorado há anos.

Será que é tendência mundial? Será que falta homem?

quarta-feira, agosto 10

Tenho boca mas não vou à Roma


Será que outra crise vem aí?

Um dos meus funcionários é absolutamente viciado nas aplicações da bolsa de valores, aqui na Holanda o mais comum é ter uma conta num tal de BINK. O site desse banco fica mostrando gráficos e evoluções de preços, e se antes esse rapaz já entrava pelo menos uma vez por hora no tal site, ontem as 11 da manhã ele ainda não tinha aberto o outlook dele, olhos fixados em cada pontinho que a bolsa ía pra cima ou pra baixo. Às onze horas ele fechou o site, suspirou e reclamou: acabei de perder um carro. Acho que quem arrisca petisca, mas também acaba comendo gato porque não tem dinhero pra comprar a lebre, e acaba sem comer a mortadela ou arrotar o peru. Quer segurança, não quer perder o carro, poupança, ué.

Daí vem um véio, também preocupadíssimo com os investimentos dele na bolsa: eu acho que com a tragédia nos mercados essa semana, a empresa nem vai mais abrir a fábrica no Brasil… Bom, aqui na Europa a gente só se ferra, primeiro temos que socorrer Portugal, daí a Grécia, agora é a Espanha. Eles vão pra praia e a gente "aqui em cima" paga as contas deles (!!!). Só faltei perguntar se ele é parente do Wilders ( político de extrema direita Holandês ).

E a Itália, pelo jeito, vai querer tirar de nós, turistas, até o último cent. Eu queria passar uns dias em Roma com o marido, já que tem umas passagens Ryan Air barateeenhas saindo de Eindhoven. Em 2006 fiquei numa pensione baratinha perto da Piazza di Spagna, paguei 104 euros. A mesma pensione está agora 146 euros, e está lotada até dezembro. Pensei que seria legal ficar num B&B, apesar de todos serem perto do Vaticano ( eu queria entre a Piazza di Spagna e Piazza Navona ), mas até esses estão lotados. Pelo jeito não vai rolar mini-férias em Roma.


terça-feira, agosto 9

Nunca entenderei


Eu achei que já tinha visto todas as bizarrices do povo holandês. Eu estava errada.

Ontem, movidos por mais 2 casos de "burnout" no departamento ( são 4, num grupo de 60 ), tivemos um curso sobre o que é o burnout e como reconhecer os primeiros sintomas.

Primeira consideração é que a diretoria da empresa prefere nos treinar para reconhecer os sintomas do que solucionar as causas do problema.

Mas então, o profissional de saúde descreve o que é o burnout. É uma exaustão completa a longo prazo, e diminuição de interesse sobre qualquer coisa. Disse o profissional que é uma condição que vai agravando-se até culminar na crise, o tal burnout, que deixa o funcionário incapacitado.

A pessoa com essa crise acorda um dia sem capacidade para levantar da cama, sem interesse nem em ir tomar banho para começar o dia. Muitos nem contactam a empresa para avisar que estão doentes, no caso desses 4 foram as esposas que ligaram.

Eu, que não nasci a passeio, pensei nas dezenas de vezes que eu acordei com vontade zero de continuar o dia, de encarar o chefe ou de ir praquela reunião difícil, mas as contas precisam ser pagas, os gatos precisam de comidinha especial e a KLM aumentou os preços. Mas no meu caso, não tinha ( ou eu achava que não tinha ) chora-me-dói, eu tinha que ir pro trabalho.

Aliás, falando em chora-me-dói, essa condição só é reconhecida como problema de saúde aqui na Holanda, e se você pesquisar na internet, as pesquisas são todas de holandeses. O que me faz pensar que o povo aqui tá achando forma pra justificar o pânico que os ataca se alguém ousar chacoalhar um pouco a vidinha previsível deles.

Mas assumindo que os pesquisadores estejam certos, eu achei que o negócio se resolvia com um mês de malemolência em casa ou melhor ainda, que o cara vá pra um lugar ensolarado, andar de bicicleta ou beber Piñas Coladas à brisa do mar, mas nããããão, o negócio é serííííssimo, e leva até um ano para o funcionário se recuperar ( !!!! ). Eu juro que eu tento compreender, mas não consigo.

Um dos colegas voltou depois de 3 meses para trabalhar meio periodo, vem de manhã e na hora do almoço vai embora, todo com cara de constipação. Ele vai ficar trabalhando meio período por mais 3 meses.

O outro já está a 3 meses em casa mas vai ficar 6, porque o caso dele é mais severo. A mulher dele esteve aqui ( ela trabalha na empresa, em outro departamento ) e disse que ele "mal" consegue segurar um cigarro na boca. Ahá, "mal"… sei…

Eu acho que é essa vida sem dificuldades que eles tem desde o nascimento, já falei sobre isso aqui. Não é que eles sejam más pessoas, só não estão acostumados a adversidade. Acho eu.

Sabe o engraçado, se é que há graça nessa história toda? É que quando o arbo-arts ( médico do trabalho ) começou a falar dos primeiros sintomas do burnout, todos nós, que vivemos atolados de trabalho, estalamos os olhos: problemas de memória, irritabilidade, falta de concentração, problemas pra dormir ( sono o tempo todo ou não consegue dormir ), distúrbios de apetite. Ha ha ha, todos nós temos tudo isso…

Cadê a Dra. Alice pra me dizer se esse trem é de verdade ou é só mandar esse povo pra Minas que eles voltam tudim bão?

segunda-feira, agosto 8

Quem vê cara...

No mês passado, nós os novos gerentes do departamento tivemos um curso direcionado à avaliação e gerenciamento de pessoas. Esse ano nós passaremos a ser responsáveis pela avaliação de performance dos nossos funcionários, o que determinará o aumento salarial deles.

No curso "ensinam" que a gente não pode incluir na avaliação pontos subjetivos como aparência física, religião, idade e modo de vestir. O modo de vestir deu discussão porque nós somos a cara da empresa pro nosso fornecedor, pega mal o comprador ir lá molambento falar com o vendedor.

Eu acho dificílimo ser 100% objetiva.

Eu já disse aqui que o OldFart fez dieta e emagreceu. Ele diz que foi 25 "pounds" mas eu sei lá, não parece. E ele queria que o povo ficasse comentando e dando parabéns, mas holandês não é de ficar babando ovo de ninguém. Há já algumas semanas ele vem com cinto na calça e suspensório, ridículo, e quando alguém comenta ele diz "é que eu emagreci tanto que só o cinto não segura as calças". Hoje um colega disse: ei OldFart, porque você não aproveita a liquidação pra comprar calças novas? Eu tenho que me repetir mil vezes: ponto subjetivo… ponto subjetivo… ponto subjetivo…

Mas não adianta, eu não gosto do cara e ele não gosta de mim. Após o anúncio hoje de que eu estaria fazendo a avaliação dos meus funcionários, ele nada discretamente perguntou: mas você não vai pro projeto brasileiro? Vocês precisam ver a cara dele quando eu respondi "não". E depois eu o vi comentando com um colega que "sou mesmo azarado, a única brasileira da empresa e ela vai ficar aqui pra gerenciar o grupo e não no projeto brasileiro".

Eu fico me perguntando mil vezes se é injusto essa relutância que eu tenho em trabalhar com o fulano, e eu cheguei a conclusão de que ele só vai mudar se eu, ao invés de ficar puta da vida com ele mas engolir, discutir os problemas diretamente. Por exemplo, hoje foi o dia de volta das férias, eram 11 da manhã e ninguém sabia do paradeiro do véio, todo mundo procurando. Eu mandei um SMS e nada. Ele foi aparecer meio-dia, disse que chegou de viagem muito tarde ontem e que resolveu tirar meio-dia off, agora me digam, vocês não ligariam pra pelo menos avisar? Ou mandariam um e-mail, SMS? Eu tenho agora que sentar com ele e dizer que todos nós temos a liberdade de tirar um dia off, mas que temos TODOS, até nosso diretor, a obrigação de avisar nosso superior. É verdade ou não é? Sério, eu me sinto mãe de um adolescente revoltadinho. Vou mudar o codinome dele de OldFart pra Kabauter ( anão de jardim ).

sexta-feira, agosto 5

Maldição


Ponei Maldito Ponei Maldito La la la la la laaaa la

quinta-feira, agosto 4

Apertem os cintos...


Será que eu sou a única que antes de comprar uma passagem aérea pesquiso idade da frota, treinamento dos pilotos, onde a empresa faz a manutenção dos equipamentos, horas de treinamento dos pilotos e crew, índices de acidentes? Esses foram os critérios que barraram a TAP e a Ibéria na minha listinha ( se bem que comparei faz uns 6 anos ). Não, não vou dar bola pro azar. Mesmo nas maiores empresas acidentes acontecem, vide o da Air France, que agora descobriram foi falha humana.

Li que a TAM está liberando pilotos que não falam inglês, como pode? Como pode um piloto não falar inglês? Como pode uma empresa como a TAM, que sempre teve boa fama, liberar? Como pode ninguém fiscalizar, proibir e punir sériamente? E se há uma pane, o piloto precisa receber instruções da torre mas não entende patavinas? Tô pasma.

E quando não são as empresas aéreas tentando ferrar a gente, é o próprio passageiro. Com todo o respeito e não levem a nível pessoal, mas alguém vai morrer se não for gastar dinheiro naquela meleca de Bariloche? A brasileirada é tão ridícula que mesmo com o vulcão lá cospindo cinzas, neguinho quer ir pra Bariloche, morre se não for, e pega o único vôo da única empresa que se arrisca a manter vôos pra região. Aí neguinho chega na conexão, o vulcão cospiu mais cinzas, cancelam o vôo de Buenos Aires pra Bariloche, a empresa aérea diz que é "interpérie da natureza" e não dá nem um copo d'água pro passageiro, e eles vão pro consulado reclamar, como se o consulado pudesse fazer alguma coisa contra a estupidez humana ( do passageiro, porque da empresa é só ganância mesmo ). O consulado chegou ao ponto de colocar no site deles aviso para passageiros de que essa é a política da aerolíneas argentinas, que o consulado não pode fazer nada, mas o povo continua tentando ir. Caramba, como o Brasil não quer ser chamado de terceiro mundo se o povo só se comporta como tal? Quando o vulcão na Islândia cospiu fogo, tudo parou. Enquanto houve risco, ninguém voou. Mas o que mais me admira é o fulano arriscar comprar a tal passagem, ver que nenhuma outra empresa está mantendo os vôos - mas ele o espertinho achou uma bocada - arriscar, e quando dá errado, ele vai pro consulado reclamar que tem que pagar hotel em Buenos Aires do próprio bolso. Vi no jornal neguinho reclamando que não tem como pagar hotel até a conexão de volta pro Brasil, ué, e ía pra Bariloche fazer o que, pagar as coisas lá como?

Cada vez entendo menos meu próprio povo.

terça-feira, agosto 2

Buemba! Buemba! E não é do Macaco Simão.

Chatona Piovani diz que casou. Né... A recém casada entusiasmada abriu o coração: ó que linda minha aliança Chanel. Sobre o noivo, nada disse. Ah, o amor...

Adriane Galinhesteu peladona de novo. Não sei se foi silicone ou photoshop, mas a maternidade ( ha-ham ) parece ter contribuido para suas curvas peitorais ( ha-ham 2 ). Ela podia ter aproveitado a anestesia e corrigido o "desvio de septo"( ha-ham 3 ). Mas venenos a parte, tá bonitona, considerando que ela vai virar os quarenta, corpinho ainda dos 20.

E a Sandy. Putz, a Sandy. Vocês já procuraram no Twitter o termo Sandy? Ha ha ha, o Brasil é divertido demais, sô.

Pensando bem, que buemba que nada. Foi só uma típica semana brasileira.

Mas… Putz… A Sandy...

segunda-feira, agosto 1

1, 2, 3, 4, 5 e 6

1

Que vocês acharam dos vestidos repetidos da princesa ( ou duquesa? ) Catherine ( ou só Kate? ). Eu confesso: achei muito legal. Ela provavelmente ganha a maioria das roupas que tem, ou usa o dinheiro da "mesada real", pode comprar mil vestidos, mas com certeza quis mostrar que gente inteligente e consciente da crise pela qual o mundo inteiro ( menos o Brasil? ) passa, não comete a burrice de descartar um lindo vestido só porque ele foi usado uma vez. E agora aqui pra nós, tem bom gosto a moça, afinal, ela foi a um casamento com uma roupa que tem cinco anos, que ela comprou sem a mesada real, e estava chiquérrima. Tem muita socialite brasileira imbecil que devia copiar o exemplo.

2

Meu marido não quer ir aos EUA porque por lá instalaram aquele body scan que te vê pelado nos aeroportos. Eu pouco me importo, se o guardinha quiser dou até uma reboladinha pra ele, mas o marido morre de vergonha. Agora estão instalando nos aeroportos brasileiros. Conto pro marido ou espero ele surtar ao ver, in loco, a tal máquina?

3

Falando da tal máquina do scan pelado, já fui "vítima" da mesma em São Francisco. Como brasileira tive meu cartão de embarque marcado como "suspeita" e fui scanneada em todas as conexões que fiz em 2005. Ironia do destino, esse mesmo povo agora tá disputando a grana dos brasileiros a tapa, ainda hoje no estadão está uma materia sobre a venda de imóveis para brasileiros na Flórida, estamos salvando o emprego de muita gente por lá, e somos agora o povo mais bajulado de várias partes daquele país. No fim, acho que meu passaporte brasileiro, por incrível que pareça, vai ser mais valorizado por lá do que o europeu.

4

Merece post a parte, mas comentarei mesmo assim. Sempre reclamo do que o brasileiro paga nos resorts Iberostar no Brasil, cês lembram, né? Ontem pesquisamos: 14 noites no Iberostar Praia do Forte ( premium ) em quarto com vista para o mar no booking.com: R$14.670; as mesmas noites na TUI.de: €2666. Mas, infelizmente, depois da experiência no Grand Palladium Imbassaí no ano passado ( venderam diárias para brasileiros por 99 "reál" ) eu e o marido concluímos que resort no Brasil só é viável se houver esse "filtro" para controlar o nível dos hóspedes. Mas e europeu, não tem europeu xexelento? Ô se tem, mas o filtro desses é a distância: eles vão pra Marbella, Algarve, Ibiza e afins, aqui "pertim".

5

Estou cada vez mais apaixonada pela minha recém adquirida Nespresso. O George Clooney ainda não deu aquela passadinha lá em casa pra me trazer umas cápsulas nem eu o encontrei na Nespresso Boutique de Eindhoven, mas ó, o café é diliça demais! E ó que eu só tomo decaf, que é igualmente delicioso. Caro, mas delicioso.

6

15 dias sem carboidratos, 205 to go.
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