segunda-feira, maio 31

Eurovision do Chipre!

Entao, estou feliz com o eurovision, pela primeira vez ganhou quem eu queria! Sim, eh uma cafonice soh, mas nois se diverte! Assisti via BBC e adorei o comentarista. Imagine como ele estava p da vida com a colocacao do Reino Unido ( ultimo colocado ).

Fora isso estamos aproveitando. Hoje tivemos um dia maravilhoso. Pegamos o carro meio sem rumo, queriamos ir a uma praia deserta chamada Lara Turtle Beach. Chegamos lah, depois de uma estradinha de 10km de areia e pedra e a praia estava bem movimentadinha e meio suja, batemos umas fotos e voltamos. A caminho do hotel tinha uma igrejinha bonita, paramos para fazer fotos e vimos uma bahia bem bonitinha lah embaixo, descemos e que delicia, mar limpinho, fizemos snorkel e ate arraia vimos!

Semana passada tambem fizemos um dos nossos passeios sem rumo, so que foi pra montanha, vimos vilarejos lindos, comemos no meio de uma vilinha de 300 habitantes, super legal.

Amanha vamos num passeio de dia todo num quadriciclo, como adoramos quads, estamos aguardando com ansiedade. Bom, tcheu ir que a internet eh a moedinha.

Inte'

terça-feira, maio 25

Do Chipre

Oi do Chipre!

Estamos nos esbaldando no solzinho daqui! Faz um friozinho de manha e de noite, mas durante o dia eh um sol gostoso, nao esturricante que te dah suador e torna o banho de sol uma tortura.

Subimos ao centro de Paphos, mas era feriado, soh deu pra ver o Carrefour, e isso porque precisavamos muito. O porto eh turistico demais, mas valeu pelo Caramel Machiatto do Starbucks. Amanha comecamos nosso turismo arqueologico, estamos com um carro bem legalzinho, e eu ja peguei as manhas de dirigir do outro lado.

A viagem foi calma, dormi 2 das 4 horas de voo e voar de non-low-cost eh muito bom, teve almocinho com vinho, filmezinho, soninho e quando vi, estavamos aqui. O hotel eh mais simples do que os que andamos ficando nos ultimos tempos mas eh bem bom, da cama dah pra ver o mar!

Bem, mais pra frente, com mais novidades, eu volto.

Fui!

quinta-feira, maio 20

E aí vamos nós

Estamos saindo amanhã de Schiphol, e com a benção do vulcão Fyllsfradfasjfjksdfj, chegamos no Chipre ao final da tarde.

Gatuchildos já na pensão de gatos, malas já (quase) arrumadas, Lonely Planet na bolsa e reza para o santo protetor dos motoristas do lado contrário da rua já na carteira.

Como sempre, a agência pediu um contato na Holanda pro caso de uma emergência ( entenda-se pro caso da gente bater com a caçuleta ), e eu sempre alterno entre Claudinha e Holandesa. Não lembro o telefone de qual das duas eu deixei, mas em caso de eu bater as botas, cês já sabem, eu quero que sirvam sanduichinho de pão integral goede begin com queijo Beemster 30+ Oud no "serviço", e as cinzas quero que sejam jogadas na lagoa do Epcot Center. Please.

E é isso, escreverei e-mails curtinhos de lá, como sempre, e em duas semanas voltamos à todo vapor, menos ranzinza se Deus quiser.

Beijo nas creonças!

PS.: A churrasqueira fantástica que há de ser minha custa €500, marido esconjurou, mas eu tenho fé!

quarta-feira, maio 19

Ah, essas crianças!


Então, com o terraço terminado ( falta ainda grama, iluminação ), a gente estava azul pra fazer alguma coisa pra "aproveitar" nosso novo pedacinho de chão, mas só chovia. Eis que ontem abriu o sol e, ignorando que era aquele sol luz de geladeira, que ilumina mas não esquenta, lá fomos nós churrasquear. Bart foi comprar uma vassoura especial para varrer o piso ( sim, aqui tem vassoura especial para varrer pedra ), eu fui comprar uma daquelas churrasqueiras descartáveis ( idéia maldita ), carnes eu tinha, e felizinhos fomos queimar um boi.

Apesar do sol, estava 13 graus e ventando que nem a Flórida em Setembro. Quem não mora na Holanda, vocês já viram uma churrasqueira descartável? É uma travessa de alumínio descartável com uma gradinha removível fuleira, num saco vem uns carvões e uns quadradinhos combustíveis. E só. Aí ventava, aquela fumaceira toda indo pra todo lado, eu lá, de calça e blusa de moletom com cachecol ( sim cachecol! ), a churrasqueirinha queimando a madeira da nossa mesa véia, os guardanapos voando, a tampa do tapuér voando, uma lástima. Idéia de tchongo churrasquear naquelas condições!

Só sei que jurei que a primeira providência é comprar uma churrasqueira decente. Eu queria uma de alvenaria, mas as baratas são medonhas e as bonitas são carésimas. E tem as desvantagens, por ser super pesada, corre o risco do meu piso lindo rachar, o design é holandês, e como holandês gosta de esturricar carne, a distância entre o carvão e a grelha é pequena mesmo no nível mais alto, e como aqui venta pra caramba, você não tem a opção de mudar a churrasqueira de posição pra fumaça não ir na sua cara.

Eu nunca vi marcas de churrasqueiras no Brasil, vai ver que agora até já tem, mas aqui tem várias, e a mais famosa é a americana Weber. Fui olhar o site deles e achei o meu novo sonho louco de consumo:

- pode ficar lá fora com a capinha de proteção
- você coloca o carvão, vira um botão e um acendedor queima seu carvão pra fazer a churrasqueira pegar sem precisar daqueles bastõezinhos fedidos ou pão molhado no álcool

- quando acaba a festa, você não precisa se lascar de limpar, tem uma panelinha acoplada no fundo onde as cinzas vão cair, você simplesmente remove a panelinha cheia e joga no lixo

- ela tem tampa, então você pode fazer churrasco "indireto", tipo o pernil que meu pai churrasqueia por 4 horas
- quando você remove a tampa, ela não precisa ficar jogada no chão te atrapalhando, tem um suporte de tampas na lateral
- tem ganchinho pra pendurar suas espátulas
- tem termômetro ( ótimo pro tal do cozimento indireto )
- tem mesinha de apoio ( pra fatiar aquela picanha )

Resumindo, a bicha só falta falar! Estou alucinada, pois iria resolver vários dos meus problemas logísticos. O problema é o precinho… Quem aí tenta adivinhar? Não vale googar.

Esse aqui é o link pra minha belezura:

http://www.weber.com/explore//Grill_details.aspx?glid=4&mid=25
Ó, eu acho que vale o preço, já meus colegas de trabalho acham que eu sou louca.

terça-feira, maio 18

Tony Ramos

Como eu já disse aqui o Plato, meu gatucho Tony Ramos está sofrendo com os pêlos embaraçados e cheios de algo que parece uma cêra. Nós, bons donos que somos, tentamos desembaraçar com a mão, pentear com escova e pente, lavar nó por nó com paninho e shampoo pra gatos, mas de nada adiantou, a situação só piora.

Tentaremos mudar a comida, pentear mais frequentemente, dar um banho de vez em quando, mas por hora, o negócio vai ser tosar o peludão, lavar as áreas tosadas, e torcer por um verão bem quente.

Ligamos pra pensão de gatos pra ver se eles podem providenciar a tosa, e eles só concordaram se for no veterinário, o que eu acho ótimo. Plato terá que ser sedado, depenado, lavado e observado por 6 horas. Tadinho do meu bichinho, tá achando que vai se esbandar no resort felino e vai acabar passando um dia inteiro no dotô.

Engraçado foi a dona da pensão falando: mevráu, a senhora sabe que ele vai ficar muito feio, né? Estou só avisando porque nós já tivemos casos desse e os donos ficaram bravos com a gente, mas não tem jeito, vai tosar um gato peludo desses, que sempre foi lindo, que é fortinho ( ela o chamou de dikkertje! ), vai ficar bem diferente mesmo. Vamos mandá-lo logo no primeiro dia pros peluchos crescerem um pouquinho antes de vocês voltarem.

Ai ai, já tô até vendo, deixarei um lindo Ragdoll e buscarei um Gremlin!

segunda-feira, maio 17

Perfume Malboro


E eu que achei que só no Brasil é que tinha gente carreirista…

Lembram-se da colega que casou em dezembro do ano passado? Então, sempre mantivemos uma certa amizade, de vez em quando vamos tomar um café juntas na cantina, trocamos umas figurinhas em assuntos femininos ( bolsa em liquidação, ginástica emagrecedora, creminhos efetivos e outras coisas suuuper importantes na vida duma mulher ).

Ultimamente tenho sentido uma certa pressão por parte dela pra obter certas informações confidenciais ao qual eu, pelo novo cargo, tenho acesso. Mas sei lá, achei que fosse neuras minha. Mas pra ser honesta, acho estranho ela manter TODA e qualquer pessoa com a qual ela tenha tido qualquer contato profissional no Linked In, que na minha humilde opinião é tão popular entre os holandeses porque eles não se vexam na hora de pedir favor profissional ( segundo meu colega holandês não é pedir favor, é usar o "networking ). Acho estranho ela, pelo menos uma vez por semana, ir almoçar ou receber aqui pra almoçar ex-colegas de outros departamentos, geralmente departamentos onde reorganizações estão acontecendo.

Mas na semana retrasada ela começou a nova moda, que sinceramente, eu acho o fim-da-picada do último do apelo e do desespero carreirístico: ela, que não fuma, está indo ao fumódromo com os fumantes bater papo, só porque, como em qualquer empresa, aquele é o antro mais eficaz de fofocas corporativas. Agora imaginem só, o fumódromo da empresa é no meio do estacionamento, um quadradinho de 3X3 com paredezinha de lata e teto de policarbonato, o cheiro a gente sente a meeeetros dali, sem falar que não tem qualquer aquecimento e na semana passada tava 6 graus. Fui falar com ela hoje e no meio da tarde ela está cheirando a cigarros, sem ser fumante!!!

Juro que nem no Brasil, no meio da fofocaiada e politicagem da GM eu presenciei coisa parecida.

Tô boba!

Tricotando


Nesse final de semana os jardineiros vieram fazer o terraço. A frente da garagem ainda está com um palmo de areia, que tem que ficar lá por alguns meses ( não dias, não semanas, meses! ). Na hora da medição, o primeiro problema: eu queria o piso do terraço na mesma altura do da sala, mas se fosse feito assim, a porta da garagem não abriria, pois a garagem é mais baixa que a sala, então o jardineiro veio com a idéia de fazer o terraço em frente da sala mais altinho e rebaixar o terraço na frente da garagem e a grama, e assim fizemos. Ainda não colocamos a grama, mas olha, tá ficando lindo, a idéia do jardineiro foi ótima, deu um ar todo especial à varanda. Ainda não pudemos usá-la porque o rejunte tá secando e hoje já tá chovendo de novo. Nessa terra, varanda sem teto é um desperdício, só chove!

E no sábado os vizinhos do lado voltaram de férias, e fomos lá explicar que tentamos falar com eles sobre a obra mas que eles já haviam viajado, e batemos um papo. Pra vocês verem o que a crise fez com os preços dos imóveis aqui na Holanda, os vizinhos da casa da frente se divorciaram e colocaram a casa à venda, o preço era €469 mil. O preço era razoalvemente justo, eles pagaram €440 mil na casa, gastaram dinheiro com banheiro, cozinha, piso, jardim, ou seja, o valor pedido era o valor que eles gastaram, sem lucro algum. A casa está vazia à venda a 13 meses. Eu não entendo porque é que não ficou um morando na casa e o outro pagando metade, afinal os dois tem que morar, e estão os dois pagando por suas casas mais essa que está à venda. Também não entendo porque não alugam, já que vender não está mesmo vendendo. Semana passada eles abaixaram o valor da casa, sabem para quanto? Para €409 mil, pelo menos €30 mil a menos do que pagaram, e €60 mil a menos do que o preço inicial! Estou chocadésima. Foi só aqui que o preço das casas despencou desse jeito?

E de resto, nesse findi de 4 dias, devo ter feito 20% do que precisava. Buósta. Eu preciso dar um banho no Plato, eu não sei se algum outro dono de gato sabe me explicar o fenômeno, mas os pelões do Plato começaram a dar nós imensos, e a gente nota que tem uma gordura nesses nós, parece cera que passam pra fazer aqueles threadlocks nojentos. E quanto mais tentamos desembaraçar, mais nós aparecem. Por fim, com dó do gato que tenta feito um louco se limpar, já que ele não consegue se lamber debaixo dos nós, tacamos a tesoura e tosamos o bicho. Ainda não terminamos, porque ele não dá sossego, mas o coitado está feíssimo, parece um Gremlin. Mas onde tosamos já está limpinho e sem gosma nenhuma, o que é um alívio pros donos e pro gatucho. Feio, mas limpinho.

E agora me vou, trabalho só 4 dias essa semana e vai ser uma loucura, ainda mais com a minha cabeça do jeito que está. Só pra dar uma idéia, eu estava arrasada com o desaparecimento do meu Raybanzinho lindinho. Sábado, depois de revirar a casa por 1 semana, comprei um novo par, idêntico ao perdido. Hoje eu encontro o bicho numa sacolinha da Rituals, que tinha um bodybutter pra viagem. Buósta 2.


quarta-feira, maio 12

Estou falando com um bidê


Advogados corporativos são, entre os advogados, os piores de se lidar. Na minha opinião, um advogado corporativo vai perdendo todo e qualquer bom-senso à medida que o tempo passa, de forma que lidar com um advogado corporativo com mais de 10 anos de carreira é a mesma coisa que falar com um bidê.

Por um milagre inexplicável, minha empresa tem um advogado corporativo inteligente, super razoável e prático que chega a doer. Já falei pra ele que ele é uma aberração. Chega quase a ser bom trabalhar com ele. Eu disse quase.

Mas existe na face da terra um tipo de advogado corporativo que quando se forma é enviado a um instituto mental, submetido a lobotomia total, e entra no mercado de trabalho já babando e falando que nem zumbi: o advogado corporativo alemão.

A profissão deveria ser proibida na Alemanha e as empresas obrigadas a contratar profissionais em outros países, porque tentar argumentar com um advogado corporativo alemão é pior que falar com seu bidê. Muito pior.

Eu passei um mês negociando um contrato com um infeliz dum advogado corporativo alemão, e imagina que entre mil coisas, ele me pediu pra mudar coisas importantíssimas como ao invés de escrever "warranty limited to € 5 million", escrever "warranty not exceeding € 5 million". Normalmente contratos tem a tal Force Majeure. O advogado da minha empresa, que redigiu o contrato padrão, colocou "forces of nature" descrevendo o acontecimento, a anta do alemão risca e coloca o antiquíssimo e inaceitável "acts of God". Quero morrer de catapora quando leio "acts of God" no Force Majeure. Afinal, se o operador da máquina que faz minha peça não for trabalhar porque o despertador quebrou, ele vai dizer que foi um "act of God" quebrar o despertador, é ou não é?

Aliás, eu tô pra conhecer povo mais inflexível que o alemão. Ó, devem ser ruins pra burro de cama. Nem sei porque me veio isso à cabeça. Blé.

Estou uma pilha de nervos com esse contrato maledeto.

Hoje o relógio bate meia-noite mas não bate 17:00


Ainda não são 9 da manhã e eu já estou contando os minutos. Amanhã é feriado aqui, o que seria Ascensão (ç?) de Cristo. Em compensação não temos Corpus Cristi no começo de junho. Serão 4 dias em casa, que passarão rápidos e ligeiros, mas ainda assim, 4 diazinhos acordando a hora que eu quiser ( ou que o Plato quiser ).

O jardineiro vem na sexta fazer o piso do terraço, estou morrendo de ansiedade. Aí fica só faltando a grama, que virá depois das férias.

Ontem eu estava pensando, como é que a gente vivia sem internet, né? Ontem eu comparei as resenhas dos guias turísticos para o Chipre e já encomendei online o Lonely Planet, chega hoje. Perdi meu Rayban amado ( mais um ) e já achei online um bom Rayban substituto por 99 euro-pilas, um preço bem bom, e vou na sexta experimentar pra ver se fica bom, mas não preciso bater perna, é na Pearle e se ficar ruim, na Bijenkorf. A capri de linho foi encomendada via Wehkamp, chega hoje também, assim como uma rasteirinha marrom pra combinar com ela. Ficou faltando um condicionador de cabelos e um esmalte Opi. E tô pronta pras férias.

Em compensação, a lista do marido, que não compra nada online porque experimenta até cachecol, tá dando voltinhas no quarteirão, e vai ser meu calvário antes das férias.

Ah, e os livros eu baixei via iso-hunt, e achei até o novinho da série do True Blood, de gracinha, sem pagar um tostãozinho. Tem livro que a gente dá graças a deus que foi de graça, estou com uma lista encalacrada que nunca terminarei: Evermore ( merecia o framboesa de ouro da literatura ), Outlander 2 ( narrativa leeeeerda ), Blindness do Saramago ( não cliquei com o livro ), o primeiro da série Millenium do Laarson ( o Bart leu e gostou ), e o insuportável do The Lost Symbol do Dan Brown, que temos também em papel e o Bart está lendo.

Na fila estão, fora o Dead in the Family ( Sookie Stackhouse 10 ): Hunger Games, Dark Tower 1 a 7 ( tenho que ler, falam que é ótimo, mas impaquei no primeiro, gunslinger ), Master of the Game do Sidney Sheldon ( primeiro livro adulto que eu li, aos 8 anos, e quero relembrar ), e uns romancezinhos bobos.

Agora vou copiar a Holandesa: povo, será que vocês poderiam me dar sugestões? Amo sci-fi e livros sobre viagem no tempo ( li nas últimas férias o Time Traveller's Wife e adorei ), estou meio cansada de vampiros, mas fora a Saga do Twilight e True Blood, li também a série inteira da Brotherhood of the Black Dagger e é óóóóótema. Não sou muito chegada em policiais. E tem que ser facinho de ler, porque é livro pra férias de praia, tomando um vinhozinho, no calorzinho, meus neurônios vão estar preguiçosos! Sugestões, povo!

segunda-feira, maio 10

Férias, casa, o resto...


Vamos lá, falar um pouco de tudo.

As férias pro Brasil. Eu amo Santa Catarina, tenho parentes em Barra Velha, Itajaí e em Joinville, o problema é que em Dezembro chove pacas por lá. Eu passei muitas férias de verão em Barra Velha e antes do Reveillon só chovia. Então pra pagar uma fortuna no Costão do Santinho pra ficar debaixo de chuva, não vou arriscar.

Continuarei minhas pesquisas sobre a rota do descobrimento e Itacaré.

A casa… O "fazedor de jardins" trabalhou sexta feira inteira debaixo de chuva, mas fez a "oprit" que vem a ser a entrada da casa, onde o carro passa pra ir pra garagem e muitas vezes fica estacionado ali mesmo. Minha casa é a tal "vrijstanding" ( não geminada ), mas entre as casas há as garagens e o tal espaço pra estacionar. Na vizinhança inteira, os dois vizinhos conversaram e escolheram um piso, colocaram na área inteira, e dividiram os custos. Meu vizinho escolheu um piso pra ele, mandou colocar e quando eu vi, o lado dele tava tudo feito. Agora a gente não pode escolher o mesmo piso, primeiro porque o piso que ele colocou saiu de linha, segundo porque o piso que ele escolheu é grande, retém água e fica verde, o que é horrível. Agora a nossa casa é a única na vizinhança inteira com metade um piso e metade o outro na entrada. Fazer o que, né? Olha, eu não vou reclamar de vizinhos porque os meus não incomodam, mas ninguém quer muita amizade, papo, com ninguém. Sei lá se é uma bênção ou uma lástima. Lembram a história das cerquinhas de separação entre as três casas, né? Três vizinhos queriam suporte de cimento e a cerca em si de madeira, uma mocréia lá queria tudo de plantinha, pra encontrar o meio termo, concordamos em ter tudo de madeira, até o suporte. Pois então, dois dos suportes já caíram, ainda bem que no terreno da mocréia, e um entre o meu e o vizinho do lado tá bambo, o vizinho colocou uns suportes e melhorou. É pra durar 10 anos, não durou 10 meses! Agora vê se a mocréia quer pagar do bolso dela pra corrigir a cagada? E no resto da rua, quem fez suporte de cimento tá lá, firme e forte.

O resto. Também sem grandes novidades. Semana passada aconteceu um episódio engraçado. Um fornecedor alemão novinho, de 27 anos, trouxe um presente para o bebê do nosso colega ( a empresa dele tem negócios comigo e com esse colega ). Aí ele estava falando que esse ano ele começou a procurar uma esposa, assim, como quem diz que está procurando um carro novo pra comprar. Disse que é filho único, os pais logo se aposentarão e mudarão para a Espanha ou Portugal, que ele vai se sentir muito sozinho e que a solução é casar. Ele listou os "requisitos" da pretendente, e completou dizendo que não precisa ser linda fisicamente, porque ele, afinal não é nenhum Mister Universo. Achei digno. Engraçado, inusitado, mas digno.

Agora vejam só. Ele tem 27 anos, é bonitinho ( loiro aguado, olhos claros, meio magrinho pro meu gosto, lá pelos 1,75mt ), tem um bom emprego, um carro legal, viaja bem, não é um chato de galocha, e na Alemanha, está encontrando dificuldades pra encontrar uma namorada que queira casar. Se esse cara estivesse no Brasil, qual vocês acham seria o tamanho da fila de candidatas?

sexta-feira, maio 7

Rota do Descobrimento


Povo, quem aqui já foi ou mora pros lados do Sul da Bahia?

Eu estava planejando ir pra Arraial D'ajuda, mas ouvi duma das comadres que pelo menos no passado era lugar de ripongo ou molecada chegada em queimar uma erva. Putz, será que ainda é assim? A vilazinha, nas fotos que vi na net parece ser tão bonitinha, o mar tão verdinho, parece ter tanta coisa interessante pra se fazer por ali… Alguém sabe me dizer qual é o astral da vilinha, eu não me incomodo com ripongos, mas molecada fumeira e fazendo algazarra não é bem a coisa mais legal numa viagem.

Aí a comadre me sugeriu Itacaré, mas em todos os lugares que pesquiso só ouço falar dos assaltos nas trilhas, na cidade, o negócio parece tão sério que até no blog do Ricardo Freire tem um post imenso com gente comentando, e olha, muitos leitores foram realmente assaltados por lá. Também desanimei.

Outra opção seria uma semana em Morro de SP e uma semana no Iberostar Praia do Forte, mas confesso que eu gostaria de conhecer um lugar novo, e Praia do Forte eu já fui.

Estou com aquela região da rota do descobrimento na cabeça, quem foi, gostou?


quinta-feira, maio 6

Yes he can, but I cannot!

Eu detesto, DETESTO, sentimentalismo no trabalho. Não me venha com discursinho motivacional, yes we can, ou beicinho, ou gritos histéricos quando algo vai mal. Me dá vontade de dar uns sopapos na pessoa, componha-se meu filho!

Estou substituindo o diretor essa semana, e me pergunto a cada hora se eu sou mesmo a pessoa mais indicada pra lidar com gente, tendo essa aversão à sentimentalismo.

Minha segunda começou com o colega "Doentinho" que perdeu a paciência com uma conhecida bruxa da logística e bateu o telefone na cara dela. Não importa quanta razão você tenha no assunto, tudo vai água abaixo quando você faz isso.

Então começa que a bruxa me liga aos berros metendo o pau no Doentinho e exigindo, além de providências junto ao fornecedor pra embarcar a peça problemática, um pedido de desculpas do Doentinho. Depois de 10 minutos de histeria e berros da Bruxa ao telefone, fui falar com o Doentinho.

Doentinho fica vermelho e faz beicinho, eu queria matar. Acabou com o meu dia.

A semana continuou com birra do Grandão que não quer trabalhar com um temporário que vem de outro departamento pra participar de um projeto ( não gosto dele, ele é metido ), o Didi Mocó que deu piti público porque convidaram uma pessoa que ele não queria pra uma reunião, e várias outras xumbreguices.

Aí eu vou pra uma reunião e um colega de quem gosto muito aliás, volta de 2 meses de licença saúde, ficou um mês internado com suspeita de câncer de rim, um drama que eu até entendo que tenha mudado muito a vida dele, mas na reunião de projeto com a empresa do fornecedor Bocarra, que tá cocozando meu projeto, ele vem com discursinho de que somos todos parte de um mesmo time unidos por um mesmo ideal, e bladibla snif snif. Eu não sabia se ria ou chorava. A verdade é que o que move o mundo é o dinheiro, e a empresa do Bocarra quer mesmo é implementar o projeto gastando o mínimo possível, nós queremos nossas lindas peças custando o menos possível, e o resto é mingau de aveia. Amiguinhos trabalhando pelo mesmo ideal? Blé, conta outra.

E aqui estou eu, com minha famigerada TODO list praticamente abanando os bracinhos e fazendo o sinal de tafú, tendo que sorrir pro mundo e dizer yes I can.

Maldita hora que o Obamão foi soltar essa!

WTF?????

Gente, aqui do meu quarto quentinho, prestes a enfrentar 6 graus de primavera Holandesa de moteeenha eu pergunto: é verdade que o Mc Dreamy Dempsey foi na Hebe? Na Hebe???????? Hebe???? No SBT???? Digam que a foto que vi foi photoshop e o filminho no ioutubi é um sósia, please?

Que raios esse cara tá fazendo no Brasil?

quarta-feira, maio 5

Tiritas p'ese corazón partio...


Bart vive falando que quer achar um lugar onde a gente possa ir pelo menos uma vez por ano, ficar uns 10 dias pra descansar, sem ter que ficar fazendo mil planos de viagem. Eu acho que o lugar perfeito seria algum vilarejo perto da praia na Espanha. Mas teria que ser um lugar bem espanhol mesmo, ainda não invadido pelos ingleses beberrões ( tipo, ugh, Marbella ). Eu adoro a Espanha, nas viagens que fiz a fornecedores e fui levada a lugares bem típicos pude ver como eles adoram sentar ao redor duma boa mesa pra bater papo e comer ultra bem, o orgulho que tem da cultura deles, da lingua ( que eu amo ).

Tenho um colega de trabalho que nasceu na Espanha e veio pra cá ainda criança, mas sempre volta pra visitar a família. Ele me indicou cidadezinhas entre Castellon de la Plana ( perto de Valencia ) e Murcia. Eu vou dar uma olhada, mas queria também algo mais pro sul, perto de Sevilla ( que é linda ). Eu adoro o sotaque de Sevilla, comendo o LL.

Alguma alma caridosa, ou brasileiras morando na região, tem diquinhas preciosas pra dar? Eu queria uma cidade pequena, que tenha aquelas "ferias", que tenha centrinho e restaurantes familiares.

Também lá pelo sul eu amei Lagos no Algarve, Portugal, mas como já fui bem maltratada por portugueses fico com o pé atrás. Pagar pra ser maltratado é o fim.

Diquinhas, Plis?

segunda-feira, maio 3

Rindo ( porque eu detesto quem escreve rs... Ou LOL )


Eu gosto muito de ter sistema de comentários no blog, mas de vez enquanto é uma dor de cabeça sem fim, principalmente quando você escreve sobre algum assunto delicado ou controverso. É aquela história, todo mundo pode discordar, desde que seja educadamente e sem ofender os outros. O pior efeito colateral do sistema de comentário é o número de trolls que vira e mexe faz uso dele, ou então a turminha do politicamente correto, que bastou você falar que ama chocolate branco e eles tão lá pra te chamar de racista.

Eu invejo, invejo profundamente quem liga o "f***-se" pros trolls e politicamente corretos, ou elimina o sistema de comentários de vez.

Eu adoro os posts da PACAMANCA ( link ali do lado direito ), porque ela escreve o que quer sem se preocupar com esse povo. Li o post dela do dia 30/abril e já imaginei a patotinha dos politicamente corretos dando pulinho na cadeira, e confesso que alegrou meu dia. Vejam que metade do que ela diz eu não tenho nem como ter opinião, já que conheço pouquíssimos Napolitanos, por exemplo. Mas em muito do que ela escreveu parece até que ela está falando da Holanda, é igualzinho, e se eu for escrever no meu blog, com comentários abertos, vai chover neguinho dando lição de moral.


Postão


Ando sumida porque nada de extraordinário acontece pras bandas de cá, e eu sou péssima em escrever diarinho de forma a interessar o caro leitor.

Olha, eu sei que donas-de-case se ofendem quando o povo diz que cuidar de casa não dá trabalho, mas só de você não ter que ficar lidando com politicagem corporativa, ou viver debaixo dessa pressão pra ter fantástica performance, e cumprir prazos impossíveis, e ter uma TODO list do tamanho do Alaska, faz dos afazeres domésticos um passeio no bosque sem lobo mau. Eu ODEIO lavar, passar, cozinhar, limpar ( aspirador de pó é meu inimigo numero um ), mas tem dias em que eu fico pensando na higiene mental que tudo isso é, em quantas cartelas de Panadol Plus eu iria economizar, e quantas rugas eu não teria a essa hora. E quando eu começo a ficar desesperançada, corro pro blog "daquela" blogueira que não faz nada na vida, e tudo volta a fazer sentido de novo, e eu fico contentíssima com meu Bocarra, minha TODO list. Já imaginou passar os "anos dourados" da minha vida copiando e colando fotinho dos outros em blog?

O trabalho está mais pesado também porque meu vizinho de mesa ( e um dos meus "rapazes" ) acabou de ter um bebê e além da licença paternidade ( 3 dias ), ele vai trabalhar por duas semanas somente pela manhã, e sobra pra mim. Engraçado as coisas aqui na Holanda. O seguro paga uma mulher pra vir na sua casa uma semana "dar uma mão", mas também pra ensinar a mãe de primeira viagem como fazer isso ou aquilo. A mulher que vai na casa deles é da política do "deixa chorar" de noite ( meu pediatra falava pra minha mãe, se adulto não come, porque bebê vai comer? ), e eles estão agora divididos entre seguir a orientação da mulher e ter esperança de logo ter uma noite bem dormida, ou continuar no ritmo do bebê, que quer mamar a cada 2 ou 3 horas? Olha, eu nunca tinha pensado nisso antes, mas como ensinar o bebê que de noite se dorme? Difícil, viu… Eu não consigo nem ensinar os gatos!

Eu acho interessante como bebê é tudo bebê, mas como o parto e os cuidados com eles mudam de país pra país. Se eu que não tenho filhos já acho diferentíssimo, imagino quem é estrangeiro e os tem. Aqui as crianças desde o nascimento são levadas periodicamente à uma tal de "consultatie bureau", que pesa, mede, examina seu filho e te diz se está tudo bem, mas é tipo uma fabriquinha, você leva lá, comparam seu filho com as estatísticas, se tem alguma coisa fora do padrão eles te indicam algum tratamento, senão até daqui a tantos meses, e já começa aí a padronização do indivíduo. Sei lá, eu preferiria levar a um pediatra, eu mesma escolher o pediatra, imagina que meu sobrinho foi tratado pelo mesmo pediatra que tratou meu irmão e eu, o cara era fantástico! Aliás, veterinário você pode escolher a vontade! ( eu escolhi um que adora gatos, no exame anual fica uns 5 minutos só brincando com cada um ).

Sabem, eu estava pensando, a revolta com a cultura holandesa passou, mas eu nunca, nunca, nunca, vou deixar de achar que é um país bizarríssimo. Eles gostam tanto de se achar diferentes, mas quanto mais eu os conheço mais iguais eu os acho. Nascem, vão pra consultatie bureau, vão pra escola que é muito bem padronizadinha ( igual, igual nunca são, mas não há diferenças como no Brasil ), vão pro colegial que escolhem pra eles, vão pra faculdade que disseram que eles podem ir, na maioria dos casos vão morar "op kamers", que seria numa república, se formam, arrumam um parceiro, vão morar juntos, casam, tem filhos ( mulheres cortam os cabelos curtos ), e começa tudo de novo. Será que nós, brasileiros, aos olhos de um estrangeiro morando no Brasil também somos todos tão iguais?

Eu vejo minha turma da faculdade, ou do colegial, metade se espalhou pelo mundo, uns são gerentes nas multinacionais da região, outros abriram seu negócio próprio, a maioria casou mas nem todos tem filhos, tiram férias pra lugares tão diferentes uns dos outros ( só Orlando ainda é the place to be ), é difícil achar um padrão entre nós.

Bom, já viram que eu tô all over the place hoje né? Tcheu voltar cá pra minha listinha ( ona ) de afazeres.