segunda-feira, setembro 24

Sou fofo, sou fofo!!! "Autoria: Lollo"

Fazer regime é que nem correr: você é 100 mt rasos ou maratonista?

Conheço algumas pessoas que fazem a tal da reeducação alimentar, vão emagrecendo aos poucos. Pra falar a verdade, conheço pouca gente que obteve sucesso assim, mas dizem os médicos ser a forma mais consciente de perder peso e manter o peso perdido… well, perdido!

O mais comum é a gente ver alguém gordo e reencontrar meses depois magro e levar um susto: quantas vezes vocês já não passaram por isso?

Tenho um amigo que, por motivos que desconheço, se propôs a perder 15kg em 15 dias. A argumentação é válida: melhor sofrer intensamente por 15 dias e ter o problema resolvido, do que sofrer moderadamente por 15 meses.

Eu na verdade tenho um problema diferente: eu não tenho força de vontade suficiente pra passar fome 15 meses, se eu começo com a pataquada da reeducação alimentar, em um mês eu desanimo, a escorregadinha vira um pé na jaca, e a vaca vai pro brejo – o peso perdido em 3 meses está de volta em um fim de semana! Não há motivação que ajude.

A ex-consulesa ( lembram-se do codinome do blog da Holandesa? ), já de volta ao Brasil há algum tempo, andou adicionando várias fotos memoráveis no facebook. Ali eu vejo que uma coisa boa e uma ruim, a boa é que eu estou estacionada há uns 6 ou 7 anos, senão mais. A ruim é que estou estacionada no módulo “pança”, ou seja, tô gorda. Daí, concluo que:

1)      Preciso fazer uma dieta para perder vários quilos ( ao menos 10, desejável 15 )

2)      Da mesma forma que estou mantendo, aos trancos e barrancos, desde 2005, continuar mantendo o peso mais baixo pós dieta, o que vai requerer certo esforço, mas é possível

Estou tentando achar no fundo de mim mesma a força necessária pra perder esses 10 quilos, e terá que ser 100mt rasos, porque não conseguirei manter por muito tempo. Tá difícil organizar a agenda, estou indo hoje pra uma feira na Alemanha, rolarão jantares com fornecedores e almoços sanduichinhos. Na volta, teremos nossa apresentação anual pro diretorzão, trabalharei até as 8 todos os dias, não terei tempo de malhar, de cozinhar, e vai rolar muito sanduichinho também. Depois disso vou pra Portugal, e não vou fazer regime, pronto. Vou sim tentar me manter jaqueando só nas refeições, se as andanças compensarem, quem sabe pelo menos não ganho peso.

Então, o que me resta, é fazer meus 100mt rasos do dia 23 de outubro ao dia 7 de dezembro – da volta de Lisboa até a viagem pra Tailândia.

E porque estou escrevendo isso tudo aqui, já que jurei nunca mais falar de regime porque é um papo chato à beça, e todo “regimeiro” é um cara chato, que jura que fazer regime é fantástico, que malhar é formidável e que ele está o maior gostosão da paróquia? Porque se vocês, regimeiros chatos como eu, conhecen apps, programinhas, comidinhas truquentas, ou qualquer outra forma de auxílio na perdeção de banha ( gente, já ouviram falar num programa a base de açaí que jura que é tiro e queda? ), deixem aí sua dica, ou por favor mandem um e-mail. A única coisa que sei ao certo é que farei low carbs, porque preciso de qualquer forma consumir menos carbos por causa do dumping. Qualquer ajuda tá valendo.

Help, amigos fofos!

sexta-feira, setembro 21

A mina é mó songamonga

Eu sempre digo que nós, os consumidores, estamos cada vez mais exigindo preços menores dos nossos produtos: roupas, coisas de casa, até carros! O produtor, não importa em que país, JAMAIS vai abrir mão do lucro dele, então, o preço baixo que o consumidor quer vai sempre ser as custas de material mais barato, mão de obra mais barata, logística mais barata. Antes de meter o pau na GAP ou afins, que contratam trabalho escravo sei lá onde, lembre-se que você consumidor é a parte chave nesse quebra-cabeça, enquanto você estiver comprando frango a 2 euros o quilo sem questionar, eles estarão te fornecedendo esse frango criado com trabalho semi-escravo, ou lotado de hormônio de crescimento, ou mal armazenado…

Anyway, minha empresa, claro, também está tentando baixar custos comprando produtos na China. Tentar fazer negócios aqui da Europa com a China, é pedir pra sofrer: ninguém entende os costumes, ninguém entende lingua nenhuma, o negócio simplesmente não vai. Até 2 anos atrás tinhamos no grupo um rapaz chinês que era a tábua de salvação de todo comprador que precisava fazer negócios na China. Aí a companhia-mãe decidiu abrir um escritório de negócios na China, e contratou um povo pra dar suporte pras plantas européias e americanas. A primeira coisa que você nota é que os chineses todos escolhem um nome "ocidental" que obviamente não é o nome de batismo. Nosso colega chinês aqui no escritório da Holanda é Zheng, ele disse que é o mais aproximado da pronúncia do nome original dele ( que quando ele fala, pra mim soa exatamente como Zheng, mas ele disse que não é ), ele não quis escolher um nome muito diferente. Mas a grande maioria escolhe nome de stripper americano – tenho vários contatos Kevin, Cindy, Linda, Mandy. A chinesa que dá apoio ao meu grupo é Chris.

Ela foi a primeira da classe dela ( eles colocam isso no CV e quando se apresentam na introdução, mencionam em que lugar da classe se formaram ), trabalhou numa empresa eletrônica famosa antes, o inglês é passável. Mas gente, não dá. Capacidade de dedução, pensar sozinha, iniciativa, é tudo ZERO. Eu tenho que escrever e-mail com tantos detalhes, tudo tão explicadinho, que é mais fácil fazer eu mesma. O trabalho de um comprador é 75% confrontacional: o vendedor quer mais dinheiro, você quer pagar menos, é sempre uma batalha – aberta ou velada – mas uma batalha. A mulher tem pavor de confronto, se o fornecedor diz "não posso abaixar o preço", ela responde tudo bem, vou avisar na Europa. O comprador é, por natureza, um sonofabitch, ele tenta negociar com o contato dele, normalmente um account manager qualquer, não conseguiu o que queria, ele liga pro chefe do cara. A Chris só fala com o fulano do nível dela, eu falo pra ela "escalar" pro gerente do cara, ela se recusa – só o gerente dela pode "escalar" pro gerente do cara – os céus vão abrir, São Pedro vai descer e condená-la ao inferno se ela cruzar a hierarquia e telefonar pra alguém acima dela. Da mesma forma, se alguém do meu grupo pede pra ela ligar pro gerente de empresa tal, ela imediatamente convoca uma reunião por telefone com o gerente da empresa e comigo porque eu sou a gerente do comprador – coisa que aqui só é feita em última instância.

E porque a gente tem que aguentar esse inferno todo? Ah, o precinho pode ser bem camarada. Agora deixem-me fazer uma pergunta séria. A gente se move, se revolta, faz boicote (not) a empresas que são descobertas explorando trabalho semi-escravo ou infantil em qualquer país pobre, agora vejam só – aqui no norte europeu, a média de valor horário ( labour ) por empregado é € 24 – uns €13 vão em média pro empregado, o resto é imposto na China €2.20! Agora me digam, ganhar menos de 2 euros por hora, é muito diferente de trabalho semi-escravo?

Recentemente eu comecei a usar os esmaltes Shellac, canadenses e carésimos. Meses depois do lançamento aparecem no mercado duas marcas "alternativas", chinesas, claro. Uma delas conseguiu homologação de venda na Europa, ou seja, deve ser ok. A outra não – a mais barata, claro – mas o que me fez rir copiosamente foi o nome, CCO Shellac abreviação de Carbon Copy Of Shellac.

Há dois meses fui comprar meu Kerastase ( aliás, me perguntaram qual eu uso, é o beginho com tampa laranja, acho que é Nutrisse e realmente, outros produtos da Kerastase não me agradaram muito ), e ao invés de made in France, tava lá, made in China, e o detalhe: nem um centavo de desconto. Entrei em contato com a Kerastase, me disseram que era falso, pediram o endereço do salão – que era um boqueta aqui em Eindhoven. Voltei lá e eles não vendem mais o produto, agora tenho que ir a um outro salão – todo chiquetoso – mas o preço é o mesmo de sempre e o produto made in France.

Enquanto eu escrevia esse post, a Chris Chinesa ligou, está muito confusa com um documento que eu pedi pra ela fazer. O problema é que eu escrevi: faça a seção 1 assim, a 2 assado e a 3 assado; ela me pede se dá pra eu fazer o documento eu mesma só com os espaços dos números pra ela preencher. Então me lembro do meme que rolou no facebook: futebol Brasil 8 X China 0; educação China 8 X 0. Sério, prefiro trabalhar com qualquer brasileiro estudante de escola pública e formado nas faculdades Bandeirantes, mas espertinho; do que trabalhar com essa chinesa primeria da classe da Universidade de Shangai mas uma completa songa-monga.

quinta-feira, setembro 20

Facebook é coisa do capiroto

Eu contei pra vocês outro dia a saga do meu ex pé na minha bunda, o Eduardo.

O Fernando foi o namorado depois daquele, eu tinha 19 anos. Ele foi o meu momento-canalha, eu já sabia que qualquer relacionamento com ele não iria pra frente, ele era aquele cara simpático e carismático, sem um pingo de vontade de se esforçar na vida para o que quer que fosse. Mas ele era uma diliça: altão, moreno, olhos verdes, bonito mesmo. Então, já que quem eu queria não me queria, porque não me divertir um pouco?

Ficamos juntos um ano, mas o final foi bem chatinho, eu além de estudar estava fazendo estágio, não tinha tempo pra ficar indo em festinha durante a semana, ele saía do trabalho e não tinha o que fazer, brigamos brigamos brigamos, terminamos – mas vamos ser amigos.

*** pausa para momento filosófico: não acredito em amizade depois de namoro, acho que cada um tem mesmo é que seguir seu rumo, evitar se encontrar, fazer que nem na música do Gotye – pedir pros amigos buscarem seus CD’s e mudar o numero do telefone ***

O Fernando estava sem trabalhar, foi ficar “uns tempos” na casa do meu irmão em Curitiba, era pra ficar 5 dias, ficou 6 semanas. Nesse meio tempo eu fui visitar, ele me pediu dinheiro emprestado, eu emprestei, enfim… ele foi espertinho, eu fui uma trouxa.

E sabendo que fui trouxa, tive que ouvir, meses depois, numa mesa de bar, que o cara saía por aí falando pra todo mundo  “como a Adriana era trouxa”. Maledeto!

Hahahaha, episódio engraçado: estávamos num aniversário alguns meses depois, só as meninas, e saiu assunto Fernando, e eu é claro meti o pau, contei pra todo mundo das semanas na casa do meu irmão sem ajudar nas despesas, da grana que eu emprestei ( e nunca vi de volta ), que o cara era um idiota e coisaetals, quando alguém fala – eu estou namorando com ele. Hi hi hi. A M.

M. e Fernando namoraram 18 anos! Não moraram juntos, não noivaram, namoraram 18 anos! Casaram no ano passado.

E apesar de ser stalker de ex, aquele eu não procurei, mas acabou “caindo no meu colo” via as fotos da M., que me adicionou. Geeeeeente, o cara está pesando uns 230 Kg, está deformado. Deu aquela alegriazinha básica de ver o fulano um bofão – sorry, sou picuinhenta mesmo, muito Rachel – não Rutinha.

Povo, devo me sentir mal por ter esse ínfimo momento de alegria vendo gente ruim se ferrar? Sou só eu, só eu que sou gente ruim? E o pior: o cara é vendedor de seguros! Juro!

Uma amiga me disse: vai ver que ele viu suas fotos e pensou o mesmo. Ara! Não tô tão ruim, acho

Facebook é coisa de gente ruim, como eu :D

terça-feira, setembro 18

Ai, que beleza

Eu acordo e não posso comer um pãozinho com manteiga acompanhado de café com leite, porque sou gorda, não posso comer carbs, cafeína aumenta o apetite.

Vou trabalhar e tenho que aguentar muitos peninos, tenho que engolir muitos sapos, porque sou pobre e preciso do salário no fim do mês. E tenho que aguentar tudo sem descontar naquele chocolatezinho amigo que nos carrega pelas horas das trevas proletárias.

Saio do trabalho tarde, cansada e tenho que ir fazer ginástica, porque como já disse, sou gorda. O corpo pede, grita, clama pelo sofá com uma tigelinha ( ona ) de pipocas, mas disse e repito, sou gorda e não posso sentar e nem comer.

Chego em casa depois da caminhada ou ginástica e tenho que ir cozinhar, porque gordo só pode comer comida feita em casa, já que tudo que se compra no supermercado ou no delivery tem carbos, gorduras, salitres, e mil outras coisas que vão me fazer do tamanho da Dona Redonda.

Quando eu finalmente sento pra ver TV, estou cansada demais pra ver qualquer programa inteligente, acabo sempre vendo uma série besta que exige 0 do meu QI, logo, aos poucos, emburreço.

E aí queridos, é uma beleza: gorda, pobre e burra.

Só faltava agora eu cantar o Tchu Tcha.

segunda-feira, setembro 17

Senhor, dai-me forças

Acordei com aquela dor de cabeça gigantesca de dia atrás. Tomei meus paracetamóis de café da manhã, um banho longo, melhorou, eu vim pro tronco, Isaura que sou.

Old Fart, com joelho estourado e manquitolando, tirou a quinta e sexta passada pra ir velejar. Apesar das muitas preces silenciosas de váááárias pessoas, a oferenda caiu no mar e Iemanjá devolveu, logo, a criatura estava já aqui quando eu cheguei.

Eu nem sentei a bunda na cadeira, o chefe veio pedir um relatório, para o qual eu precisava de um update de todo o time. E ele pavoneando, mostrando a medalha pra todo mundo. É aniversário do colega ao lado dele. Aqui na empresa é costume colocar umas bandeirolas na mesa do aniversariante, assim todo mundo sabe da data e todo mundo vai cumprimentar. Todo mundo que vai cumprimentar o vizinho ouve: “me cumprimente também, eu sou campeão holandês de vela”. Vergonha alheia, muita. Há minutos vieram apresentar um funcionário novo e ele está lá, com a medalha no pescoço, dizendo pro coitado: “me cumprimente porque eu sou o novo campeão holandês de vela” – e o coitado do funcionário é mexicano! Tá pouco se lixando se o Old Fart é campeão de vela, choro, ou sumô.

Eu aqui, apuradíssima com o relatório que tenho que entregar, ele lá mostrando o filminho da premiação pela centésima vez pra outra vítima com som alto, o que é proibido no escritório. Interrompi, fui olhada com cara de poucos amigos.

Aí ele veio me dar os dados que eu precisava, medalha no pescoço: você não me cumprimentou! E eu: ah, você realmente precisa do cumprimento, né? E ele: sim, preciso, preciso do tapinha nas costas e da massagem no ego.

Triste isso. Chegar aos 52 anos de idade precisando de massagenzinha no ego.

Sabem o que é o mais triste? É que eu não consigo dar a volta por cima desse cara. Não consigo trabalhar com ele, não posso “ainda” mandar o cara pastar, estou aqui empacada como mula. O pior é que eu sempre achei que eu fosse ser uma chefe legal, e eu me descabelo pra ajudar meus outros rapazes, se for preciso esconder um escorregãozinho aqui ou ali, eu o faço, tomo uns petelecos por causa deles vez ou outra, mas com o Old Fart, porque eu quero mesmo é que ele se ferre, sou exatamente a chefe que eu nunca quis ser.

Senhor, dai-me forças! Mas gente, vos digo: esse cara não é normal!

quinta-feira, setembro 13

A carta que eu jamais escreverei

Querido ex,

Hoje faz exatamente 20 anos que estabelecemos nossa sociedade: eu entrei com a bunda você entrou com o pé.

Naquele dia, aos 19 anos, eu passei pelo pior dia da minha vida. Passaram-se 20 anos e ainda acho que foi o pior dia da minha vida.

No dia que nos conhecemos ainda "no colegial", você me perguntou o que eu queria fazer da minha vida, eu disse que queria morar no exterior, ser gerente de um monte de gringos. Irônico, não é? Estou exatamente onde e como eu queria - desde adolescente - estar, e por vezes o sentimento de realização me deixa sem palavras. Você não se lembra, mas eu sempre quis muito muitas coisas, sempre enfrentei batalhas homéricas pra conseguir o que eu queria, mas por todo o caminho, nunca botei muita fé em mim mesmo, o que sempre tornou o trajeto muito mais angustiante, e a realização muito mais inacreditável. Sim, minha vida é inacreditável.

Te vi no facebook. Não se faça de surpreso, todas as suas exes te viram pelo facebook, não conheço uma mulher que não seja "stalker" de ex no facebook. Você achou uma menina legal e bonitinha, casou, teve um filho, e eu sei que isso tá parecendo música da Adele. E nosso breakup não foi nada Adele, foi Engenheiros do Hawaii mesmo, com muito Pra ser sincero, muito Refrão de Bolero.

Você tem idéia do quanto sofri? Chorei, me descabelei, tomei meu primeiro pileque, escutei os discos da Ângela Ro-rô... Me acabei por 3 meses, mas... porque sou pragmática e sofrendo ou não, a fila teve que andar. Já que era pra ficar lembrando de você, pelo menos o fiz em ótima. companhia, em lugares muito legais, curtindo altas festas ( o que agora chamam de baladas ), tive vários outros namorados, mas devo confessar que se nos 10 anos que se seguiram você estalasse o dedo, eu estaria de volta babando por você.

Você foi a única chance que eu tive de ser feliz com a vida da maioria dos meus amigos, com a vida do meu irmão, com a sua vida! Seria eu a ter um filho, a morar num apartamento legal em São Paulo, a ir pro Nordeste de férias e passar duas semanas na Disney em julho, curtindo com nosso filho e estourando o cartão de crédito. Nós moraríamos perto da minha família, perto da sua família, e eu ía tentar evitar os almoços de domingo com a sua mãe porque ela era um saco. E eu não me perguntaria se eu teria sido mais feliz se tivesse ido pro exterior ser gerente de um monte de gringos, porque eu estaria plenamente feliz e esse seria só mais um desvario da adolescência.

Hoje, é por você ter existido, que eu amo tanto o meu marido. Ele já entrou na parada perdendo de légua, com uma competição completamente injusta. E no entanto aqui estou eu, há dez anos com ele, feliz, vivendo essa minha vida inacreditável.

Há alguns dias uma amiga me perguntou se minha tattoo no pé tem algum significado, e eu disse que sim mas que não queria contar. Você quer saber o significado? Quando você me deu o pé na bunda, no meio dos choramingues todos, eu jurei que um dia eu ainda haveria de te dar o pé na bunda metafórico, e que nesse dia ía gravar no pé "eu chutei a bunda do Eduardo". Se passaram 9, quase 10 anos, mas um dia eu acordei e, sinceramente, não tinha mais nada em mim de você. Foi esse o pé na bunda metafórico, e claro que eu não ía estragar meu lindo pézinho tatuando seu nome nele, então representei o chute com 3 estrelas, uma amarela, porque eu estava muito realizada profissionalmente, uma azul, porque eu estava incrivelmente feliz, uma vermelha, porque eu estava pronta pra amar, amar muito, outra pessoa.

E foi só nesse dia, com a tatuagem ainda ardida no pé, que eu olhei pra foto sua que eu tinha guardada, e antes de jogá-la no lixo, comentei com a minha mãe: nossa mãe, não é que você tava certa? O Eduardo era mesmo vesgo!

quarta-feira, setembro 12

O tempo passa, o tempo voa, e a poupança Bamerindus (hahaha nem existe mais) continua numa boa...

Essa semana fui “convidada” a dar uma ajuda linguística a um diretorzão da empresa. Como ele sempre foi muito legal comigo, fui com a maior boa vontade.

Olha, depois dessa estou cada vez mais convencida que serviço médico no mundo todo é uma máfia dos infernos.

O Diretorzão, como muitos holandeses, acha lindo e maravilhos passar as férias num lugar remoto no meio da montanha, comungando com a natureza, longe de qualquer sinal de civilização. Alugou então um chalé em algum lugar de Portugal a 2 hrs de distância de Braga. E não contente com o passeio de índio, resolveu por cima de tudo ir de carro. Olhem aí no mapa a distância entre a Holanda e Braga. Então.

Estão lá no chalé e a esposa começou a se sentir mal. Agora vejam se não é também imprudência: ambos estão na casa dos 60, ela é epilética, e ambos não se preocuparam em verificar quão distante o tal chalé era do hospital mais próximo. E era longe pacas. Duas horas.

A esposa tendo arritmia, sendo cardíaca, ligaram para o seguro na Holanda para indicarem onde os dois deveriam ir. Sacanagem número um, na Europa, o seguro não reembolsa clínicas particulares, eles foram então direcionados para um hospital público, o mais próximo era em Braga. A cidadezinha remota não tinha uma ambulância, mas tinha uma “van”, que os levou até ¾ do caminho. A 30 minutos de Braga, chegaram numa cidade que tinha ambulância, então os paramédicos deram os primeiros socorros, o ECG da mulher parecia estar bem ruim mas eles não sabiam, já que o paramédico não falava um A em inglês. Foram com sirene ligada Portugal afora.

Chegando no hospital foram atendidos prontamente, o hospital era limpinho, parecia tudo nos trinques, não há queixas. Ela ficou uma noite nos Cuidados Intensivos, arritmia foi controlada, nada mais foi constatado, ela estava bem, foi liberada. O Diretorzão, assustado e com uma noite mal dormida, não lembrou de pedir uma cópia dos exames, recebeu só um resumo das condições e tratamento.

Ele estava tentando, desde o começo de Agosto contactar o hospital para pedir os exames, sem sucesso. Até o médico da esposa mandou fax, nada de resposta. Adriana, você pode tentar ligar em português pra ver o que está acontecendo?

Com o telefone do hospital em mãos, ligo pro telefone central, pra recepção, pro atendimento ao cliente, ninguém atende. Horário comercial certinho, tento novamente, nada. Depois de 2 dias ligando compulsivamente, lá da sala do diretorzão, que fica em outro andar, atendem. Não é pronto-socorro, são “As Urgências”. O número de referência é “episódio”, explico o caso pro que eu acho que era o porteiro. Ele explica que não é departamento, é gabinete de atendimento e informação ao cliente, o GAIC – mas senhora, vão-se as 4 ( era 4:20pm ). Explico como foi difícil atenderem, ele diz que não poderia, mas que vai me dar o número direto da central “das Urgências” – mas que raio, se você tem uma emergência, liga pra esse hospital como?

No dia seguinte liguei várias vezes pras Urgências e finalmente atenderam, e a telefonista fala baixinho pra alguém do lado: uma holandesa que fala brasileiro quer falar no GAIC ( wtf – brasileiro? ). Me transferiu. Um senhor muito paciente ouviu minha história e me informou que não havia problema algum, que a paciente tem que mandar um scan do passaporte – achei normal, uma forma de controlar que é o paciente mesmo pedindo os dados com o pedido de exames, favor informar a direção, e esses serão enviados pelo correiro. Não pode ser e-mail pra ir mais rápido? Não senhora. Nem por fax? Não senhora, só por correio, pessoal e confidencial.

A essa altura, eu estava íntima do cara, que educadamente me informou que não era gabinetchi, era gabinêti.

E já que o post tá enorme mesmo, vou dizer: como é difícil envelhecer, e para alguns, pior ainda. Esse diretorzão sempre amou jogar vôlei. Nos últimos 2 anos rompeu o tendão de aquiles 3 vezes, passou por uma cirurgia, e o médico já avisou que ele vai perder a mobilidade do pé se não parar de jogar e aconselhou: a idade chegou, senhor Diretorzão, deixe o vôlei pros moços. Ele ainda está em depressão e ainda fala nisso.

O Old Fart veleja, fala com boca cheia que faz parte do time de bronze mundial. Nesse último campeonato voltou manquitolando, está com um problema sério no joelho, vai ter que operar. Diz que acorda sem poder dobrar a perna, tem que colocar num raio UV sei lá das quantas pra poder levantar e vir trabalhar. Semana passada ele tira 2 dias pra fazer o que? Velejar! Ou mente sobre a dor, ou é só um babaca mesmo. Voltou pior, diz que está “dizzy” com os medicamentos que está tomando e onde ele vai amanhã? Velejar! Tomare que caia no mar e Yemanjá leve. Se bem que com oferenda dessa, ela vai é devolver na certa!

sexta-feira, setembro 7

A napa

Sabe uma das coisas que eu acho o máximo hoje em dia? Tem jeito de se remediar feiúra.

Tem uma moça que trabalha no departamento de qualidade que tinha o maior nariz que eu já vi. Mentira, mas era grande mesmo. Ela é alta, magra, cabelão, tudo nos trinques, mas nada compensava aquele nariz…

Hoje a vi e não acreditei: ela fez rinoplastia e está uma modelo!!! Inacreditável.

Todo mundo só fala do lado ruim da cirurgia plástica e dos exageros, mas poucos falam dessas “correções’ que em muitos casos mudam a vida da pessoa.

Gente, tô pasma, viu.

Já arrumaram remédio pra feiúra, quando é que vão arrumar um “bão” pra gordura?

Continuo esperando.

PS.: Para a Paca – Meo, a mina ficou mó gata ;)

quarta-feira, setembro 5

Meio Carro

No ano 2000, depois do fim do meu noivado de 4 anos, me dei de presente uma viagem pela Europa. Sozinha. Mochilão.

Foi um mochilão com um budget mais confortável do que a maiorida dos mochileiros, eu tinha grana pros passeios, pra comer em alguns restaurantes legaizinhos, mas fazer tudo isso e por cima pagar hotel, sozinha, não dava. Acabou sendo uma experiência fantástica, mas não é pra qualquer um.

Comecei por Londres, eu cheguei lépida e faceira, mas a mala não chegou! Como fazer mochilão sem o mochilão? British me deu 100 libras até encontrarem minha mala, mas demoraram 3 dias! Estragou bastante meus primeiros dias em Londres, como conseguir aproveitar sem saber se eu teria roupas no dia seguinte? No terceiro dia eu fui a Heathrow, chorei, me deixaram entrar num galpão do aeroporto com literalmente milhares de malas, completamente em pânico, em dois dias eu tinha que seguir para Amsterdam, e eu fucei uma hora até achar minha mala, que graças a Deus era azul claro, fácil de achar.

Gente, fiz tanto erro de planejamento! Mas também, quase não existia informações na internet…

Fiquei 3 dias em Amsterdam e olhe o programa do terceiro dia: ir para Schiphol, eu tinha que voltar a Londres, onde tinha deixado minha mala, cheguei em Heathrow, fui pro albergue perto da St. Paul cathedral, paguei a tal mala, corri praquele maledeto aeroporto City, e é claro que perdi o vôo. Peguei um mais tarde para Paris. Essa passagem foi de graça, ganhei numa promoção da British. Cheguei em Paris morta, odeio aquele aeroporto, levei um tempão pra pegar a mala e sair daquela droga, no ônibus interno que leva ao terminal rodoviário, esqueci minha bolsa, com todos os documentos, travellers, tudo tudo tudo. Achei que minha viagem fosse acabar ali. O motorista francês tinha vista uns italianos pegando a bolsa abandonada e falando que levariam para o achados e perdidos, fui correndo pra lá, nada. Procura aqui, procura acolá, já estava indo pra polícia do aeroporto pra dar queixa e poder ir ao consulado brasileiro emitir novo passaporte, quando chegam os italianos com a minha bolsa. Na alegria nem questionei a mais de uma hora que os italianos ficaram com ela, só abri, vi que o passaporte e os travellers estavam lá, nada mais me importava. Convidei os italianos para pegar um taxi, eu pagaria, convidei para um jantar, eles não viam a hora de me ver pelas costas, eu só achei que era educação, não queriam dar trabalho. Fui pro albergue, que eu adorei ( D’artagnan ). Na manhã seguinte, recuperada do susto, saí pra turismar e cadê minha agenda eletrônica ( onde estavam o número de todas as reservas ), cadê minha câmera com todas as fotos de Londres e Amsterdam? Os maledetos levaram, e também o relógio que eu emprestei da minha mãe ( odeio relógios, nunca tive um ). Fui num carrefour, comprei uma camera nova, ainda bem que tinha uma em promoção ( e durou aaanos a bichinha ), àquela altura, tudo era alegria, só de pensar que no dia anterior eu quase tive que ir pra polícia!

Ali em Paris, joguei fora 1/3 das minhas roupas, é só quando você carrega uma mala de 25 quilos pra cima e pra baixo ( e olha que não fui de mochila não, minha mala tinha rodinhas ) que você vê que idiotice que é carregar tantos pares de calças, e sapatos…

Fui pra Suíça, dormi pela primeira vez no trem-leito, amei ( o trem e a Suíça ). Fui pra Veneza, onde conheci um casal em lua de mel super legal e eles me fizeram dividir a gôndola – todo mundo feliz. Dali, fiz o roteiro exatinho que eu e o ex-noivo planejamos pra lua de mel: Firenze, 5 Terre, Pisa, Roma, Napoli. Estiquei pra Costiera Amalfitana. Fiquei num albergue em Atrani, a 700 mtrs de Amalfi, o albergue não era o oficial do Hostelling International e era bem ruim. Tinha um quarto para as mulheres, e tinha uma moça só além de mim – o quarto era enorme. Naquela noite só notei que ela chegou bem tarde, de madrugada, acordei e ela estava dormindo, fui passear e quando voltei, o dono me chamou com um policial: teria eu visto algo de anormal com a moça? Falei que ela tinha chegado bem tarde, só isso. Naquela manhã ela não levantou, tentaram acordá-la e ela estava morta. Ninguém sabia do quê.

De lá segui pra Taormina, na Sicília, no trem noturno. O legal desse trem é que ele acopla numa balsa e flutua até a Sicília. Um senhor dividiu a cabine comigo, dormi na janelinha, ele na porta, muito educado. O albergue de Taormina era muito legal, de novo eu estava sozinha no quartão enorme. Dois casais alemães estavam num hotel chiquérrimo ali perto e deixavam os filhos, 6 rapazes, no albergue. Achei estranhésimo. Amei Taormina.

Voltei pra Napoli, peguei um avião pra Barcelona. O albergue era lindo, no bairro gótico, amei. Bem na chegada conheci a Jack, até hoje nos correspondemos. Fomos dançar de noite, fomos comer pan con tomate… Engraçado, foi ali que deixei a carga pesada do noivado falido pra trás, tirei um peso dos ombros.

Segui pra Sevilha, de novo trem noturno. Dei Voltarem pra uma senhora no meu vagão – ela chorava baixinho de dor no joelho – e o alívio foi tanto que ela me comprou um pacote completo de café da manhã. Fiz amizade com duas mexicanas e fui curtir a noite com elas. Conheci um espanhol bem típico, malandrão, até o nome era de novela: Chico. Hahahaha. Dei umas voltas com ele, reencontrei as meninas, e vi que uma dela não conseguia tirar os olhos dele. Fui educada e segui viagem. Anos depois a tal mexicana estava morando junto com ele – conversávamos sempre por ICQ.

Segui pra Portugal. Em Lagos conheci o cara mais lindo e mais chato do mundo. Ele parecia ter uns 25 anos, tinha 42 – o que pra mim, na altura dos meus 26 anos, parecia o Matusalém. O cara levou um pé da esposa, foi mochilar na Europa. Perdeu 30 quilos na viagem – manja o gordinho que vira gatão e se acha? Mas então. Ele tocava violão na praça pra juntar dinheiro, sério. Quando peguei o trem pra Lisboa, quem tava no trem? O cara! E ele foi conversando… todo metido a hippie, natureba, surfando a onda… ele tinha me pedido dinheiro emprestado pro lanche no trem, me pagaria em Lisboa, esperei o cara entrar no ATM da estação e sumi, entrei num táxi e gritei corra! Cara chato. Amei Lisboa.

Peguei um vôo pra Carcassone. Fiquei no albergue que fica dentro das muralhas, fenomenal. Choveu muito, eu tomei muita chuva, dividi Cassoulet ( acho que esse era o nome daquele cozido com vários tipos de carne ) com uma turma do albergue num restaurante próximo, bebendo vinho e contando histórias de viagem. No dia seguinte, antes de seguir viagem, comi uma suculenta sopa de cebola que jamais vou esquecer, com aquela fationa de pão com queijo derretido em cima. Diliça.

Segui de trem pra Paris, minha última parada. Eu vi Paris no começo de setembro e na metade de outubro – mochilei 42 dias, que diferença! Amei das duas vezes, e foi uma cidade que nunca tive vontade de conhecer. Comi o melhor doce da minha vida, o Napoleon, numa patisserie perto do Champs Elysée, de bairro, baratésima. Não resisti e comi mais um. E levei mais um pro hotel, que comi mais tarde.

Voltei pro Brasil outra pessoa. Tinha visto o velho mundo. Tinha conhecido nova gente. Tinha chorado muito – no roteiro italiano que devia ter sido minha lua de mel e tinha beijado novamente depois de 4 anos com a mesma pessoa.

No aeroporto de Paris me deram uma revista que tinha uma matéria sobre as técnicas de operação no estômago, e foi alí que surgiu a idéia que mudou minha vida.

Quando voltei, meu pai comentou: você gastou “meio carro” e não tem nenhum bem pra mostrar pelo dinheiro que jogou fora. Ele não entendeu – não entende até hoje – que nenhum bem material vale todas as experiências que aquela viagem me deram.

Voltei pra maior parte dessas cidades com o Bart, num esquema diferente, mais calmamente, com meu companheiro de aventuras do lado. Cada uma dessas capitais ainda me dá friozinho na barriga. Estou agora decidindo se passo 5 diazinhos em Roma ou em Lisboa, ô decisão difícil. Podem deixar seu voto!

terça-feira, setembro 4

O custo do stress - papo mulherzinha

Nos comentários abaixo, achei um frasezinha que caiu como uma luva: se a estressada/ workaholic sou eu, não adianta mudar o emprego, vai continuar a mesma coisa.

Deixa eu abordar o problema por outro ângulo. Tcheu falar aqui do custo cosmético do stress, porque falar dos problemas físicos é chover no molhado.

Quando operei do estômago, com a falta de nutrientes, o stress da cirurgia e as consecutivas cirurgias plásticas, meu cabelo não só afinou, como caiu horrores e ficou ridículo. Era comprido, cortei acima do ombro e passei a usar shampoo Kerastase. Fiz isso por quase 2 anos, o cabelo melhorou, voltei a usar shampoo comum. É caro pacas sustentar Kerastase, o shampoo mais a máscara ( só o condicionador pra mim não adianta ) sai 70 euros e dá pra 2 meses. Logo depois de começar a trabalhar voltei pro Kerastase e não mais parei. Sei que a água aqui não ajuda, eu tive o problema do ferro, mas a verdade é que sem o bendito do Kerastase, pareço um espantalho.

Eu sempre tive pele normal com zona T mista. Ultimamente não só minha pele anda ultra oleosa, mas também apareceram pontinhos vermelhos, espinhas, perebas em geral. Eu detesto essas moças que trabalham em lojas de cosméticos, mas depois de ler horas de resenhas de produtos de beleza na internet, resolvi me aconselhar. Saí da loja com uma loção da Estee Lauder para controlar oleosidade ( ótima ) e um crème Lancome para peles estressadas – sim minha gente, tem crème pra peles estressadas! Eu odeio o crème, ele é meio loção com aquela consistência de clara de ovo, deixa a pele meio grudenta, mas em 3 dias, não tenho mais um pontinho inflamado no rosto. O cremito custou €55. Mas odeio o maldito com todas as forças, vou ver o que vou fazer.

No ano passado, com muita vergonha, decidi que eu tinha infecção fúngica na unha do pé ( a terrível kalknagel ). Comprei então o remédio, foi um tal de lixa, passa liquidozinho, lixa de novo… e nada. Reclamei com a huisarts, ela examinou e disse que não era kalknagel, era mancha branca de unha fraca, muito provavelmente estress. Pelo sim pelo não, passo pózinho anti-fungos todos os dias. O pózinho custa €10 euros, o frasco é minúsculo.

Minhas unhas da mão foram uma novela, são ainda. Como são fracas, esmalte "péla" em 3 dias. Resolvi investir em Shellac, que eu faço em casa, e estou amando de paixão. O problema é que continuo "roendo" o indicador, e além da unha estar super curta, tenho que reaplicar mais frequentemente o esmalte, o que é um saco porque tem que curar e bladibla. Custo do Shellac: 25 euros cada esmalte, a base e o top coat são obrigatórios, logo gastei 75 euros e tenho uma só cor. Mais a maquininha de raios UV. Isso pra ter unhas normais e apresentáveis, nada de fantástico, ou arte nas unhas e aquelas modas todas.

Isso sem falar que depois de um dia estressante é praticamente impossível eu achar reservas de força de vontade pra não me "recompensar" com doces e bolos e gostosuras. E também me acho uma coitadinha que tem uma vida de bosta e merece ser poupada de fazer ginástica. E daí as banhas que possuem esse corpo.

Mas Adriana, ser gordo não custa caro… Gente, nesse findi eu estava arrumando o armário e eu tenho, fora de brincadeira, 104 blusinhas, tops, tunicas, "tops" em geral. Justinhos para quando eu estou mais sequinha, larguinhos quando estou mais cheia, mais curtos, quando a bunda não está tão gigantesca e precisada de disfarce, mais compridos pra quando eu tenho vontade de usar uma burka pra esconder as banhas.

Mas, como diria o meu mentor: o que você vai fazer sobre isso?

Não sei!