terça-feira, setembro 18

Ai, que beleza

Eu acordo e não posso comer um pãozinho com manteiga acompanhado de café com leite, porque sou gorda, não posso comer carbs, cafeína aumenta o apetite.

Vou trabalhar e tenho que aguentar muitos peninos, tenho que engolir muitos sapos, porque sou pobre e preciso do salário no fim do mês. E tenho que aguentar tudo sem descontar naquele chocolatezinho amigo que nos carrega pelas horas das trevas proletárias.

Saio do trabalho tarde, cansada e tenho que ir fazer ginástica, porque como já disse, sou gorda. O corpo pede, grita, clama pelo sofá com uma tigelinha ( ona ) de pipocas, mas disse e repito, sou gorda e não posso sentar e nem comer.

Chego em casa depois da caminhada ou ginástica e tenho que ir cozinhar, porque gordo só pode comer comida feita em casa, já que tudo que se compra no supermercado ou no delivery tem carbos, gorduras, salitres, e mil outras coisas que vão me fazer do tamanho da Dona Redonda.

Quando eu finalmente sento pra ver TV, estou cansada demais pra ver qualquer programa inteligente, acabo sempre vendo uma série besta que exige 0 do meu QI, logo, aos poucos, emburreço.

E aí queridos, é uma beleza: gorda, pobre e burra.

Só faltava agora eu cantar o Tchu Tcha.

1 comentários:

Eliana disse...

Oh, li ontem e resolvi voltar porque não é nada legal aquela última frase afirmativa lá no seu texto. Apaga lá...porque acho que todo mundo sabe que (até eu que nunca te vi) aquelas três qualidades não procedem em relação a sua pessoa! Ohhh pensamento é tudo! rs