segunda-feira, julho 23

Digno da série Dallas ( ou good times, bad times? )

Tenho um primo muito querido, o T. Ele é um moço muito bonito, loiro de olhos azuis ( óquei, por aqui é jabá, mas no Brasil faz o maior sucesso ), é super legal, engraçado, ótima companhia. Começou a namorar a Flávia quando tinham 17 anos.
Semanas antes de eu ir ao Brasil em 2006, fiquei sabendo que a Flávia tinha terminado com o T depois de 4 anos de namoro. Quando cheguei fiz vários passeios incluindo meu primo, ele estava super pra baixo, emagreceu horrores, abatidão. Na cozinha, minha tia contou o bafão: a Flávia estava trabalhando numa empresa familiar da qual ela gostava muito, aí começou a rolar um boato de facão, ela estava morrendo de medo de perder o emprego, e aproveitou que o filho do dono da empresa, que também trabalhava lá, estava dando bola pra ela, e resolveu tentar segurar o emprego tendo um affair com o cara. Vejam que ela nem terminou com um pra namorar o outro, foi só mesmo pra ter um affair pra tentar segurar o emprego.
Long story short, o dono da empresa não quis nem ouvir falar do filho namorando uma recepcionista, ela foi a primeira a rodar; colocou então o rabinho entre as pernas e veio pedir pro T pra voltar. Eu fiquei muito puta, falei pra minha tia abrir o jogo com ele ( ele não sabia ) porque quem faz uma vez, faz outras. O rapaz decidiu perdoar, achou que valia a pena tentar de novo, e yata yata yata. Demodosque – chamarei a dita daqui pra frente de La-baca que é como eu me refiro a ela em conversinhas familiares desde esse episódio.
Nas vezes que fui ao Brasil mantive distância da La-baca. Minha tia até me falou “perdoe, todo mundo erra…” e te direi: todo mundo está sujeito a virar a esquina e se apaixonar por outra pessoa, TODO O MUNDO. Mas como você age desse momento em diante, vai depender da sua classe, da sua moral.
O pior é que a La-baca nem apaixonada pelo cara tava, era só mesmo pra segurar o emprego – que pobreza – de conta bancária e de espírito!
Mas então, depois de 5 anos evitando a La-baca, na viagem a trabalho pro Brasil fui com os primos pra um “festival de sushi” e ela foi. Eu já sabia que ela tinha feito curso para cabeleireira, depois para massagista e trabalhava numa “clínica” de um acupunturista. A gerente saiu da clínica e sei lá como ela virou sócia, ela cuida das massagens, o tal acupunturista cuida da acupuntura, e de quebra estava ensinado-a ( sempre achei que acupunturistas tivessem que ser médicos, mas parece que não é o caso ). Ele faz também uma aplicação de uns copos com sucção que eu acho terrível, nojentão, mas whatever. Quando a namorada da minha prima – toda educadamente - perguntou se ela trabalhava numa clínica de estética, a La-baca respondeu toda ríspida e de nariz empinado: não, eu sou a DONA. Detalhe, a clínica tá tão na pindaíba que eles ainda não tem website porque não tem como pagar um webdesigner  pra fazer o layout ( cadê o by Marina? ).
No fim de abril o acupunturista e a La-baca foram a uma convenção de acupunturistas em Fortaleza. Como alguém sai de SP para ir a uma convenção de acupunturistas na grande metrópole cearense eu não sei. Mas na volta perderam o vôo e só tinha vôo razoavelmente barato dali a 3 dias ( WTF? ). Nesses 3 dias foram conhecer a cidade, o que não tem nada demais, mas ela inundou o Facebook com fotos muito estranhas… dançando forró agarradinha, abraçada no buggy, tudo muito íntimo – se é que vocês me entendem.
E é aí que a história descamba. Gente xumbrega sempre existiu e sempre vai existir, mas essa gente xumbrega agora tem acesso ao facebook e a falta de vergonha na cara desse povo fica aí escancarada, parece até que fazem questão de mostrar.
 
Eu vi as fotos da La-baca em Fortaleza e achei tudo muito estranho, daí eu quase cair da cadeira quando 2 semanas depois ela mudou e status dela para “casada”. Na hora pensei – putz, o T casou e nem falou nada, eles estavam com o casamento marcado pra Novembro e resolveram antecipar, mas vocês provavelmente já adivinharam o rumo dessa história: a La-baca casou, 12 dias depois de terminar um namoro de 10 anos, com o sócio xexelento dela. Detalhe: o cara é 21 anos mais velho que ela, é um xaropão arrogante, feio de doer ( de doer mesmo ), meio pobrão, e tem uma filha praticamente da idade da La-baca. Sei que tudo isso é irrelevante quando uma pessoa se apaixona ( ó que romântica eu sou ), mas eu tenho CERTEZA que isso tem a ver com a situação financeira dela, com a avó que ficou doente e teve que ir morar na casa dela – no mesmo quarto que ela, que a paixão dela é mesmo um apartamentinho requenguelinha que ela chama de “minha casa”, toda orgulhosa, no facebook
Como tudo o que é ruim pode piorar, agora rola um boato entre os amigos que ela está grávida, e a gente só consegue pensar, plís God, que não seja do meu primo! Que seja lá do xexelento dela e que essa seja uma história, daqui a alguns anos, esquecida no tempo.
O que mais me chocou nisso tudo, e a La-baca ter documentado step-by-step, via Facebook o chifre, o “casamento”, fotos com a família dele, foto da “casa nova”… Eu, assim como muitos dos amigos dos dois, fiquei sabendo do término quando ela mudou o status do facebook pra casada – e mais tarde o nome do xexelento. Estupefata com essa tralha toda, fiz um mínimo post no Facebook e a dita foi lá “tirar satisfações” com o meu primo, o que é que ele andava falando pra mim? Como se ele precisasse ter me dito qualquer coisa, tudo está lá no facebook, escancarado, fotografado, datado…
 
O facebook mostra o melhor e o pior do ser humano. Minha turminha da oitava série se encontrou esse mês, a maioria não se via a 25 anos, que legal ver o pessoal bem, com suas famílias. Por outro lado você vê essas baixarias, e eu tenho certeza que não são poucas.
Meu povo, será que a gente tá preparado pra essa convivência virtual? Será que a gente QUER ter convivência virtual? Há quem diga que se não quiser, não faça parte e pronto, mas é difícil não ser afetado, veja por exemplo minha mãe, que nem sabe o que é facebook, mas acompanhou todas as fotos, seja porque um ou outro mostrou, ou ouviu as histórias de quem acompanhou via Facebook, sou seja, não tem muito como escapar.
 
No fim vai tudo acabar no caráter da pessoa: quem tem vai usar a internet pra coisas positivas e quem não tem, vai ser que nem essa pafúncia dessa La-baca, só meleca…

PS.: Desculpaê povo, mas a formatação do blogger ficou louca... 

4 comentários:

Leonardo disse...

Adriana, pessoas aparecem nas nossas vidas para que possam nos fazer evoluir. Testam nossa paciência e nossa "bondade". Um conselho que eu te dou é ser franca com todos, falar apenas o necessário para proteger sua família. E tente acalmar as pessoas que são machucadas por essa pessoa. Mas não deixe chingamentos ou ódio tomar o seu coração. Isso vai fazer mau é para você e seus familiares. Procure deletar essa pessoa do seu facebook e afaste o máximo possível dela.
Estou encarando algo muito parecido. Espero que meus conselhos ajude.

Eliana disse...

Que situação mais desagradável. Eu acho mesmo engraçado...coloca tudo lá e depois acha ruim de que fulano viu, o beltrano comentou e o ciclano contou para os outros. Tem gente que se expõe tanto que chega a ser patético e depois ainda reclama e se faz de vítima. Vai entender. Integridade é tudo, mas pelo visto a La-Baca tá longe de saber o que isso significa. Que o seu primo fique bem.

Denise disse...

É verdade nem toda gente está preparada para viver no mundo virtual...E o tanto de mensagens que envio, e que nunca recebo resposta? As pessoas nem se dignam a dizer alguma coisa do tipo... desculpe, mas não te posso ajudar, ou não quero responder, ou seja, dar apenas um sinal de luz a dizer que aquela mensagem foi enviada e foi lida pelo seu destinatário... Ainda não consigo conviver bem com isso... Ossos do ofício para alguem que conheceu o seu marido pela net e que tem que aprender a conviver com aquilo que é o seu trabalho diária... a tecnologia da informação!!!

Marcia disse...

Que ela seja feliz com o xexelento, e deixe seu primo em paz, e ainda bem que ele não casou, livrou-se de ser chifrado depois também, porque gente que é assim não muda. E muitas conseguem pegart caras legais e decentes. Minha vó tinha um ditado para isso, mas não vou dizer aqui porque o blog é de família :)