sexta-feira, abril 9

Finalmente eu ganhei minha alça!


Ontem foi minha primeira apresentação pro diretorzão na nova posição, e como correu tudo bem, eu precisava comemorar, marcar o fim de 3 semanas de preparação e sofrimento, manja? E assim foi. Fui com a comadre pro Makro, onde ela comprou 2 bois inteiros e meio oceano atlântico, e eu achei até picanha! Uhhhh, vou guardar pra churrasquearrrrr! E depois das compras no Makro, fomos chafurdar no sushi e tepaniakki. E como em all you can eat holandês tudo é ao contrário ( você paga pelo que pediu e não comeu ), a gente limpou os prateeeenhos. Todos eles. Diliça.

E com o buchinho cheio em casa eu estava pensando, depois dos papos de comadre, que de vez em quando, quando a gente tá levando chacoalhão mas não acorda pra vida, a vida coloca no nosso caminho aquela pedrinha irritante ( ou carninha no meio do dente, saca, aquela que se você não arranjar um fio dental imediatamente você vai à loucura? ) pra gente se tocar e mudar?

Eu tenho uma enorme tendência a ser radical nas minhas opiniões. Meu pai é assim, e eu sempre detestei, sem perceber que eu era "tar e quar". Essa coisa de ser radical já me arranjou muitas inimizades, especialmente via blog, onde o leitor só vê aquela faceta, e não as outras "melhorzinhas". Tem até o causo da "douda de Bredá", que foi numa festinha falar que uma das minhas comadres não era gente fina porque tem amizade comigo, justamente pra uma amiga da comadre. Levou passa-fora, claro. Mas pensa bem, que tipo de raiva mortal tem essa pessoa de mim pra ir assim ao vivo, criticar uma pessoa que ela nem conhece, pagar esse micaço? Tudo bem que a douda é douda mesmo, e coisas que gente douda faz não dá pra entender, mas caracas… E olha que a douda não me conhece!!!

Mas aí apareceu no meu mundinho virtual alguém que compartilhava de muitas das minhas idéias. Ôpa. Foi uma beleza. Só que com o tempo, eu fui percebendo que aquela pessoa que se dizia super pra-frentex e politicamente correta ( e tenho certeza que ela realmente se vê assim ), estava na verdade sentadinha na cadeirinha dela só julgando, criticando, diminuindo os outros. Nada, absolutamente nada escapava ao crivo dela. O mundo pra ela é branco e preto, não existe meio termo, e daí eu pensei, putz isso é tão irritante, mas peralá, eu já me indentifiquei tanto com ela, gente, eu sou também uma mala sem alça!!!!

E foi esse o chacoalhão que eu levei, a chamada a rever minhas rígidas opiniões e principalmente, a colocar na minha cabecinha que eu tenho direito às minhas opiniões mas os outros também. No dia a dia, o que eu me proponho a melhorar é olhar o mundo com um olhar mais bondoso, ver que eu tenho falhas e os outros também, que não é porque eu não entendo ( ou concordo ) com uma pessoa que ela seja uma má pessoa, e que cada um tem sua experiência de vida e seus desejos, e o relativo direito de viver a vida como bem entende.

Essa pessoa, a mala sem alça, vai perceber um dia que ela está sentando no próprio rabo e apontando o dos outros, e que chega a ser engraçado lê-la criticando alguém por ser preconceituoso ( nem lembro o porquê ), mas no mesmo parágrafo dizer que todo mundo que lê livro X é burro.

Nesse ínterim ( eu amo escrever nesse ínterim ), ficarei eu aqui, felizinha com minha recém adquirida alça, e me esforçando pra em breve eu ganhar também rodinhas.

E, aproveitando o ensejo, deixo aqui a pergunta importantíssima que não quer calar: gente, e a douda hein, onde foi parar? Deu uma sumiiiiida...


5 comentários:

Cris disse...

Nossa Adriana, tô precisando de um chacoalhão assim também... Amei o post. Aliás, acho que um dos motivos pelo qual nunca parei de ler o seu blog mesmo discordando de muitas das suas opiniões ou colocações é justamente algo que vc escreveu aí... o fato de eu me indentificar com vc em muitos aspectos. Mas ainda não achei a minha alça, preciso procurar mais um pouco e ainda levar o tal do chacoalhão rsrs

Anita disse...

Parabens pela alça !
E se quiser ser feliz de verdade na Holanda passa la no meu blog que tem promo.

Eliana disse...

Tá aí...vc captou o espírito da coisa! Não é porque discordamos que não gostamos de fulana(o) e nem sempre o contrário significa gostar de alguém do fundo de nosso coração! Mas isso só se faz claro entre pessoas sensatas que sabem "chegar ao ponto" sem serem falsas ou desagradáveis! A boa convivência entre os"diferentes" é possível, talvez entre poucos, mas ainda assim o é! Bom fim de semana

Adriana disse...

Ué, vai ver que a DOUDA de Bredá se juntou a outra que "chupa pinto". Tudo pode acontecer. neam?

Marcia disse...

Ahhh eu me lembro da douda...sumiu mesmo!