segunda-feira, janeiro 16

Ainda o papo de gordo

Leiam lá os dois últimos posts da Pacamanca ( link aí do lado ).

Nossas conversas ( da Paca e eu, via e-mail ) tem um nível fantástico: ela citou a Debora Secco e eu agora vou citar Adriane Galisteu.

Pouco depois de fazer 30 anos, perguntaram para a Adriane o que era ter entrado na década dos 30, e ela respondeu: é comer metade do que eu costumava comer, malhar o dobro, e ainda ter dificuldade para manter o peso e entrar na minha ( infamous ) calça jeans dos 16 anos.

Adriane está quase entrando na década dos 40, teve um filho e hoje mostra 10 quilos extras na silueta. Sei lá se ela fez as pazes com a balança, se ela odeia o próprio corpo mas levanta a cabeça e segue em frente, mas acho que até ela acabou tendo que avaliar o que era o sonho maravilhoso e o que era realizável com um nível aceitável de sacrifícios.

Quando eu li no post da Paca “todo mundo quer ser magro”, logo relacionei com essa situação da Galisteu: o MAGRO para o organismo da Galisteu são os 54 quilos que ela tinha na Playboy de 1995, o “normal” com sacrifício razoável é o corpo de 64 quilos da Playboy de 2011.

Eu não quero o MAGRO. Eu quero o normal. E normal, para mim, não é o normal que alguém me disse, não é o normal do tal BMI,  não é o normal para entrar na calça 30 da Levis, não é o normal da Galisteu de ter mais de 10 quilos a menos da altura. Meu normal é algo entre o peso que eu tinha quando me casei e 5 quilos depois. Assim como Adriane faz o sacrifício dela pra estar no “normal” dela, eu terei que fazer certo ( imenso ) sacrifício para chegar ao meu.

Mas a “normalidade” que eu mais busco e invejo, não é o corpo em si da pessoa “normal”, é o padrão de comportamento do sujeito normal. Vejam só o meu irmão, para não irmos tão longe. Ele é aquele cara que toma café-almoça-janta, não belisca, sobremesa só se for de vez em quando e só se for sorvete, detesta tudo que for muito cheio de molho e muito cremoso, é capaz de comer UM bis e não pedir bis. Ele não vive pra comer, come pra viver ( maldito jargão ). E vai com toda a alegria do mundo nadar 2X por semana antes do trabalho. Dividimos a mesma genetic pool e no entanto sou eu a já acordar pensando no bolo de nozes, no sanduíche de queijo derretido, na macarronada do jantar, em como eu quero aquele pavê de Bis. Sou eu que detesta fazer qualquer exercício físico e até um passeiozinho de bicicleta, só me apetece raramente e se não está esse frio dos infernos. Eu passo os dias me perguntando, essa minha comilança é comportamental, é genético, é mandinga? Se resolve com terapia, transplante de células tronco ( do irmão, claro ), desencapetamento total da Igreja Universal?

Eu só queria ser como ele, só queria ser normal.

É pedir muito?

4 comentários:

Joaninha Bacana disse...

Se você achar a solucao, me avise! Também tô precisando... Seufz!
Beijocas, Angie

Alice disse...

É!

Wilma disse...

Morri de rir. Já me fiz essa mesma pergunta, muitas vezes, meu irmão é magrinho e desde adolescente recusava chocolate pra não ter espinhas; mas o problema, o meu pelo menos,é genético (culote) mas que o comportamental só agrava. Nem sabia q Adriane está com 10kg acima, deve está bem, outra q acho q está melhor com uns quilos a mais é a Angélica.

VIVIAN!!! disse...

Olá Adriana,eu acho q o ar q respiramos nos engorda tbm , pq não é possivel passar fome e ainda estar gorda!!! rsrsrs tbm to na mesma so sobe os quilos na balança!!! acode jesus