segunda-feira, outubro 1

Se reeducar pra que? Sou educadinha pacas.

Povo, muito obrigada pelos comentários no post anterior. Amei a dica do miracle noodles, nunca tinha ouvido falar, daí googuei onde comprar aqui na Holanda e achei um site especializado em dieta com muitos produtos, a maioria alemães, para dietas low carbs uma descoberta!

Vou deixar aqui meus dois tostões sobre tudo o que foi falado.

Do pessoal que fala da tal “reeducação alimentar”, pergunto: é reeducação ou adaptação alimentar?

Eu vejo muito gente que foi uma criança magra / normal, um adolescente magro / normal, na idade adulta é uma pessoa normal, mas  por alguma circunstância, mudança de país, mudança de cidade, a perda de um familiar, um relacionamento que não deu certo – acaba engordando, e de repente se vê com 10, 20, 30 quilos a mais. Por um lado acho mais difícil pra essas pessoas “voltar ao normal”, porque elas nunca fizeram dieta, nunca pensaram no que engorda e no que emagrece, tem que começar do zero a identificar onde foi que enfiaram o pé na jaca e como reverter a tragédia. Por outro lado é mais fácil porque essas pessoas não são os “comedores emocionais” que nós, os gordos perenes ( termo da Dr. Alice, adouro ), eles tem uma capacidade muito maior em divergir o pensamento da comilança, normalmente gostam de fazer esportes ( não conheço muitos gordos perenes que gostem ). Estão se reeducando? Não, estão adaptando sua alimentação a uma nova situação ou “voltando ao normal”.

Tem ainda o gordinho idoso. O cara foi magro a vida inteira, virou os 30 e começa a ficar mais difícil ( até a Adriane Galisteu disse que depois dos trinta tem que comer a metade e exercitar o dobro do que fazia antes, e acabou aceitando conviver com 9 quilos a mais, bem vistos na playboy ). Muitos só acordam quando estão bolotinha, com 20, 30 kg a mais. Vão se reeducar? Não, é adaptar mesmo, ao fato de que nunca mais poderão cometer as loucuras dos 20 anos – cada amendoim a mais comido é uma celulite a mais nas coxas.

A Paca falou da tal “dieta-não-dieta”, minha mais humilde opinião: conversa pra boi dormir! Essa era a proposta da meta ideal, primeiro aprender a que tudo é permitido, e depois aprender a controlar as vontades. O programa começava com 2 semanas do tal coma o que quiser quando tiver fome. Ha ha ha. Vou dizer o que meu corpo quer comer, a fome que ele tem. Meu dia começaria com dois pães de queijos biteludos daqueles de padaria, com um café com leite pra descer bem. As 10, rolaria uma trufinha caseira, ou um brigadeiro-jumbo, ou um alfajor. No almoço, seria arroz-feijão-bife-salada e alguma sobremesa gostosa; às 3 da tarde seria meio pacote de Bono chocolate, no jantar uma massa gostosa qualquer ( ah, a lasanha da minha mãe! ) com sobremesa, claro; e antes de ir dormir – porque eu odeio ir pra cama com a barriga roncando – mais umas bolachinhas, ou um pedaço de bolo, ou algo semelhante. Isso é o que o meu corpo quer, o que minha mente quer. Sei disso porque foi comendo assim, depois de iniciar essa pataquada de “comer o que quiser quando tiver fome” que engordei 40 quilos em um ano.

O povo europeu inteiro não faz dieta… Não, sei, só sei falar aqui da Holanda. Pelo menos aqui, eles são educados com a martelação na cabeça de que lanchinho é uma maçã, que refeição boa é só a noite e tem sempre uma porção de carbo+carne+vegetais. Propagandas na TV sempre mostram o prato ideal com vegetaizinhos. Não existe comida integral? Nossa, aqui todo pão é marrom e cheio de sementes, uns mais “integrais” que outros, mas raros são os que comem pão branco – estão sempre sobrando no mercado. E idem pra massas. Quem vem pra cá passar uns dias, pensa que eles comem a beça e não engordam, afinal, nos fins de semana eles lotam as lojinhas de fritura, e comem aquelas tortas cheias de chantilly ( mas que tem 1/3 do açúcar de qualquer doce brasileiro ), mas acreditem, a maioria vive vicariamente a semana inteira e se permite um pouco a mais de liberdade no fim de semana. O francês acorda e manda ver um croissant? E daí, se no resto do dia ele comer porções comedidas e se mantem nas carnes magras, legumes e verduras? Não há mágica, não há povo que coma tudo o que quer e não engorde. Veja os americanos.

Não acho que eu vá jamais me “reeducar”. Costurei o estômago, e ainda assim tenho dificuldade. Pra mim, escolher a forma de perder ou controlar peso é que nem escolher anticoncepcional, cada um sabe o que melhor se adapta ao seu estilo de vida. Eu vou sempre ter que comer menos do que eu quero. Eu tenho, aos quase 40 anos, que aprender com os holandeses a viver de mato a semana inteira e dar uma liberada no fim de semana. Para manter o peso o sistema que eu escolhi dá certo, low carbs a semana inteira, adição de alguns carbs nos fim de semanas. Só tenho que vigiar porque eu sou do tipo que pensa: já que eu enfiei o pé na jaca com aquele pedaço de bolo, deixa eu terminar a desgraça com um macarrão ao molho branco e amanhã eu começo a dieta, e sempre o amanhã acaba virando segunda feira. Mas eu já estou controlando bem melhor.

O problema agora reside em achar uma forma de emagrecer 10 quilos, porque os low carbs do jeito que eu tô fazendo, adicionando nos fins-de-semana pão low carb, macarrão ou arroz integral, aqui e ali alguma coisa doce, é suficiente só pra manter o peso, não pra perder.

Na sexta-feira, num momento de loucura, fiz a xepa numa loja de produtos naturais e comprei um chá chinês que diz que controla o apetite, comprei um composto com L-Carnitina, que diz que acelera o metabolismo, comprei umas capsulas que tomadas com água expandem no estômago – diminuindo a quantidade de comida ( olha que nome humilhante: Obesimed Forte ). Estou com uma sacolona de saladinhas e outras comidas emagrecedoras dentro da gaveta e jurei que vou andar 1 hora hoje. Vou viver um dia por vez.

Se der tempo essa semana posto uma foto do atual e uma do meu objetivo. Sei que se eu não estiver próximo dele ao virar os 40, vou me sentir o cocô do cavalo do bandido.

Outra solução é uma lobotomia, ou quem sabe, hipnose.

9 comentários:

Denise Fernandes disse...

Nossa, que engraçado... eu não tenho essas vontades de comer essas coisas tão gulosas... e se talvez pensasse na composição desses alimentos e pensasse nos malefícios que ele te causam? o que eu posso te dizer, é que com essa conscientização já lá vão uns bons 8 quilos em 2 meses e a felicidade que sinto em usar calças jeans que estavam no armário há mais de 1 ano e muito maior do que aquela felicidade momentânea de comer alguma daquelas guloseimas... Você pode me achar piegas, mas é mesmo verdade... é uma satisfação tão maior que penso que não vale a pena comprometer a minha saúde com comidas desse tipo, e muito menos deixar de usar aquelas roupas que tanto adoro... é uma explosão de felicidade que só nos faz bem.. eu garanto! E olha que nem faço um sacrifico tremendo e nem passo fome não... troquei tudo que é refinado por integral, inclusive açucar (e isso aí na Holanda é mesmo muito fácil, pois há muita oferta de produtos integrais), não bebo refrigerantes, inclui uma sopa sem batata, mas cheia de vegetais e folha antes das refeições e bebo pelo menos 2 litros de agua, e também nada de frito... grelhados, cozidos ou mesmo cru... é muito fácil, o cabelo melhora, a pele melhora, a disposição melhora, fico mais calma, menos irritada (porque sou uma bomba relógio) e olha que já cheguei aos 40 e não imaginava um dia conseguir emagrecer de forma tão natural e tão calma... penso que finalmente encontrei o meu caminho... é tentar e ver qual o que melhor adapta-se ao seu... :)

Tata Carvalho disse...

Nunca postei aqui, mas é tanta identificação que só Jesus.

Fico vendo essa coisa de RA e tipo, eu sempre estive acima do peso e acho algo muito complicado essa coisa de se reeducar....não acho impossível, mas não é fácil.

Todas as pessoas que conheço e perderam horrores de kilos por conta do RA mudaram de país, passaram por algum momento difícil e tudo mais.

Inacreditavelmente, quando morei na Holanda emagreci uns 7kgs e mantive. Voltei pro BR e voltou tudo.

Hoje, com uma reeducação alimentar eu, no máximo, mantenho o peso. Meu grande problema é eliminar líquidos (nem redutor de apetite eu preciso). E sim, fazer exercícios diariamente (o que, embarcada numa plataforma de petróleo, trabalhando 14h/dia, não ajuda e/ou tem como), mas, desde sempre, adoro reter todos os líquido, damn it!

Sendo assim, qual o cházinho e onde? Pq eu preciso de alguma coisa - já tomei remédios que em ajudaram e mto a eliminar - que dê um help mesmo!

p.s.: ontem no Fantástico o Ronaldo começou o tal do Medida Certa.
Depois dê uma olhada no link.

Joaninha Bacana disse...

Ah, lembrei de uma coisa que me ajuda um monte a reduzir a vontade de comer: tomar água. No final de semana eu nao controlo, e acabo quase nao tomando. Mas durante a semana eu controlo a ingestao de água (sempre que tem reuniao, vou eu e minha garrafinha junto, hehehe), e tira um monte o apetite! No início foi duro conseguir tomar 2 litros por dia, hoje vai bem mais fácil! Beijocas, Angie

Eliana disse...

É aquela história, todo o mundo sabe o que é bom e certo, agora o bicho pega mesmo é na hora de executar o plano. Há de se considerar tudo, até o biotipo, o metabolismo e a tendência a engordar, sendo que se quisermos mesmo manter a boa forma é preciso ordem e adaptação, porque depois dos 30, o corpo muda mesmo. Ninguém consegue ter o mesmo corpo de quando tinha 20 aninhos. Claro, considerando daqueles que se valem de intervenções cirúrgicas. Há que se encontrar um meio termo e cada pessoa tem o seu. Faça a sua parte para manter a saúde e se sentir de bem consigo mesma. Boa sorte!

pacamanca disse...

A gente tem tendência a engordar, como falaram no outro post, porque passou a vida fazendo dieta e o metabolismo foi pras cucuias. Já te contei o que aconteceu comigo quando medi o metabolismo basal antes e depois da dieta: ficou exatamente o mesmo. Passei meses me privando de um monte de coisas, malhei, ganhei massa muscular, e mesmo assim o metabolismo ficou lá embaixo, muito aquém do que seria o ideal pra uma mulher da minha idade, altura e massa magra. Ou seja, bastava um biscoitinho pra engordar tudo de novo. Todos os outros gordos do programa, os que estavam internados lá e não iam reduzindo a comida gradualmente como eu fiz porque senão levavam esporro da nutricionista, viram o metabolismo basal subir às estrelas. DIETA ENGORDA, PONTO FINAL. O nosso corpo interpreta privação como incapacidade de conseguir caçar/colher, e passa a poupar energia pra você conseguir caçar/colher mais uma vez e ver se pega alguma coisa.

Eu ando comendo um monte de besteiras, mas juro que chega uma hora em que o seu corpo pede outras coisas porque se sente mal com um pacote inteiro de biscoitos no estomago - e não é se sentir mal de culpa, é se sentir mal fisicamente mesmo, porque um pacote de biscoitos não faz mal a ninguém. Fora que o objetivo desse approach é fazer com que a comida perca a sua mágica. Comprei 12 tubos do biscoito recheado que me engordou 26 quilos na gravidez. É tanto biscoito que perdeu a graça. Hoje abri um pacote, comi dois e parei porque passou a vontade. Nunca tinha acontecido isso antes. Claro que não é nada simples, e a parte mais difícil é parar de pensar com mentalidade de quem vive de dieta desde que nasceu, mas trabalhando nisso eu acho, honestamente, que é a única saída viável. Meu objetivo é chegar em um ponto em que nem passe pela minha cabeça comer se não estiver com fome.

Quanto ao uso da farinha integral na Holanda, é tradição do norte da Europa, fia. Até onde eu sei esse pão preto daí, que eu amo e que aqui não tem, não tem bulhufas a ver com o conceito de saúde. Assim como o medonho pão sem sal da Itália central é sem sal por motivos econômicos e não porque sal em excesso dá hipertensão. Aqui as pessoas GOSTAM de fruta e verdura; é cultural. Não conheço nenhuma pessoa aqui que faça dieta; eles naturalmente preferem comidas saudáveis, batem cada prato de salada gigantesco, as crianças todas comem verduras e frutas, a comida da escola é mega saudável e todo mundo bate pratão, é normal. A Carol hoje almoçou rosbife com funcho (céus com odeio funcho). Mas é uma parada instintiva - qualquer pessoa se sente melhor depois de um prato de salada do que de um litro de sorvete, até eu. Só que como pra mim o sorvete é proibido, quando eu me permito comer caio matando, ou então caio nessa armadilha ridícula que você descreveu, a de enfiar o pé na jaca hoje e começar a dieta amanhã, como se fosse possível estocar a sensação de comer uma coisa gostosa e "proibida" pra usar depois, quando estiver de dieta. Pra eles aqui nada é proibido, você come quando estiver a fim e pára quando estiver satisfeito, é bem primitivo mesmo. Aqui as pessoas deixam UM cappelletto no prato, porque com aquele unzinho já iria ficar a sensação de estar cheio demais, sabe. Eu fico nervosa olhando praquele macarrãozinho ali, sempre pergunto pro Mirco por que ele não aproveita e mata logo, e ele me olha como se fosse um E.T. e responde "porque não estou mais come, oras".

"Ninguém consegue ter o mesmo corpo de quando tinha 20 aninhos" - dá um pulinho aqui na Itália que você vai ver como isso é balela. A única mãe gorda da reunião de pais da escola sou eu. Aliás, minto, eu e a Mulher com o Maior Culote do Mundo, mas é altamente genético porque TODAS as mulheres da família dela têm o corpo idêntico. E veja que coincidência, eu também sou a única mãe que vive de dieta.

vievivi.blogspot.com disse...

Bem nem importa o nome que se dê, mas acho que se reeducar é fazer escolhas que sejam boas para o organismo e dê saciedade. Fazer Dieta de privação eu também acho que não dá, porque se privando você acaba descontando na primeira oportunidade, porém trocar um sorvete de chocolate industrializado por uma banana congelada batida com 2 colheres de chocolate em pó ou cacau em pó apenas batido no mix, já ganha muito em redução de calorias e benefícios pra saúde e o sabor ótimo. Experimente. Embalar bem um filé de peixe num papel filme e levá-lo a uma panela com água fervente é milhões de vezes melhor que mergulhá-lo num óleo, num molho e ainda não faz sujeira nenhuma, principamente se for o salmão, fica perfeito, não se leva nem 10min e fogão limpo, sem cheiro de peixe, fritura e come-se muito bem, tempera-se antes ou depois. E não tem outro jeito, se quiser emagrecer, eliminar peso tem que mudar alguns hábitos, é difícil, bem sei, mas tem que persistir. Para mim descobri que os carboidratos são os que disparam meu olho gordo e compulsão por doce, então, agora tenho evitado e estou me sentindo muito bem, mas é só eu ficar muitas horas sem me alimentar como ontém, domingo, que no dia seguinte o corpo pede doce, aí nessas horas tenho chocolate a 85% congelado e posso comer até 3 quadradinhos, hoje comi 2,e esse chocolate não abre compulsão e me sacia. Veja esse vídeo no ytube do Dr. Lair Ribeiro, eu sei que há controvérsia no conteúdo,mas vale a pena, a mim ajudou a persistir:Palestra Dr Lair Ribeiro - mude sua alimentação mude sua vida. Você vai encontrar seu caminho para conseguir emagrecer, ou vai optar por comer tudo e de qualquer jeito? A escolha é com você.

Camila disse...

Pois é, Leticia. Dieta realmente engorda, mas o que a Adriana parece não querer entender é que dá sim pra mudar a relação com a comida. Dá um trabalho desgraçado perder hábitos ruins, aprender a reconhecer saciedade, aprender a distinguir fo.e de gulodice, ao invés de mandar comida-Frankenstein ou cápsulas mágicas pra dentro. Os europeus mais magros também se movimentam bastante - aqui em Milão percebi nas estações de metrô que escadas rolantes são minoria e todo mundo sobe na boa, não vi gente ofegante.
Apesar de não ser mãe e, muito provavelmente nunca vir a ser, noto que tem gente que acostuma os filhos a comerem porções enormes, maiores do que o necessário/adequado para o tamanho do estômago. A mãe faz pro filho de 4 anos um prato igual ao que faria pra ela, briga pro moleque raspar o prato e ainda serve sobremesa. Ou, no desespero de não ver a criança comer o quanto ela imagina ideal, dá guloseimas, leite reforçado c/ cereal e açúcar e por aí vai. Nisso a criança não aprende qual seria o limite do estômago, quando seria a hora de parar de comer, que não tem problema deixar aquele último capeletto no prato... Sem contar que deve ser um trabalho hercúleo deixar os próprios preconceitos alimentares de lado na hora de fazer o prato do filho - digo isso por conta de uma amiga que nunca comeu abobrinha nem berinjela porque a mãe dela não gosta e nunca preparou nem ofereceu. Minha amiga nunca comeu, não sabe que gosto esses legumes têm e... não se anima a provar.
E, ainda na questão crianças e comida, em alguns países existem seções infantis nos cardápios dos restaurantes. E tem sempre fritura e catchup, nunca vi uma cenoura que fosse nesses cardápios "kids".
Fui uma criança gordinha e introvertida, odiava esporte e tinha tendência a engordar. Cresci escolhendo o que queria comer, virei uma picky eater - mas estou trabalhando muito pra mudar isso - e lembro de ter sido posta em dieta pela primeira vez por volta dos 8 anos de idade. Fiz várias dietas na adolescência e segui assim na vida adulta. Lembro de, até os vinte e poucis anos, pesar algo entre 60 e 65 kg. Tenho 1,60m de altura. Terminei a faculdade e engordei, passei pra casa dos 70kg. (olhando pra trás, vejo que passei a comer mais, já que tinha mais tempo livre. Durante a faculdade eu estagiava e estudava, comida se restringia a almoço, jantar e um eventual lanchinho). Encontrar um vestido legal pra casar não foi tarefa das mais fáceis, pesando 72 kg. Mudei pra Alemanha e rapidinho ganhei mais 8kg, fui diagnosticada com tireoidite de Hashimoto (hipotireoidismo autoimune, pra quem não conhece) e passei 5 anos acreditando que calça de elástico era a solução. Fazendo uma análise mais precisa, passei a comer ainda mais - as porções alemãs são enormes, verdadeiros pratos de pedreiro cheios de comida pesada à beça - e me movimentar cada vez menos.
Descobri que gosto de cozinhar e aprendi uma série de coisas bacanas, estou tentando deixar de ser uma picky eater e melhorando a qualidade do que como, além de me mexer mais. Resultado, 10kg a menos, sem pílula mágica, sem comida-Frankenstein, sem adoçante, sem diet, light ou teor zero. Mudar hábitos é difícil, mas não impossível. Sempre dá pra melhorar alguma coisa, dá pra começar a incluir uns leguminhos aqui, uma sopa ali, comer um pouco mais devagar, diminuir o tamanho e a frequência dos copos de refrigerante, dá pra pedir o sorvete no copinho, ao invés da casquinha, dá pra trocar um tabletão de chocolate meia boca por um menor, de melhor qualidade... caso tenha interesse, posso falar mais sobre a minha mudança de hábitos e algumas coisas que aprendi lendo sobre alimentação.

Amanda Lispector disse...

Ola Adriana,(sem acentos)

para comecar devo dizer que ja fiz todas as dietas do mundo, lua, estrela, liquidas, proteinas e afins. E sei que minha vida vai ser uma dieta eterna. E confesso mais, faco dieta nao so para emagrecer para ficar linda e entrar nas roupas mas para COMER tambem. Sim porque dai sei que se me entupir de chocolates, tortas e croquetes em um dia, no outro compenso e ainda continuo linda e magra. Pois e, eu quero levar uma vida mais ou menos saudavel, ou seja, comer verdurinhas e frutas mas principalmente comer o que eu gosto mesmo. Entao... emagreci 6 quilos em pouco mais de um mes com esses shakes da vida substituindo uma refeicao. Depois suspendi o bendito, ja que havia emagrecido o necessario e continuei consumindo as mesmas calorias por dia (umas 800 +/-). Mas se eu quero gastar essas calorias somente com chocolate eu gasto e nao fico pensando se comi saudavel ou nao. Afinal nao e todo dia que faco isso. Sim, eu sigo meus desejos e meus instintos e nao me obrigo a ficar comendo matos e coisas com sabor de vento. E se eu morro amanha??? Morro magra, lida e com a barriga cheia de brigadeiro e batata frita hahaha
Muita sorte p'ra voce.
Amanda

S. W disse...

Dá trabalho reeducar, dá, mas é aquela coisa de alguem que tenta se livrar das drogas, parece besteira mas é um dia de cada vez. Eu lembro no começo da minha RA, cada dia era uma luta contra mim mesma, mais contra a minha mente, mas eu mantia o foco, mantive por meses uma dieta bem estrita, até perder o "grosso" hoje em dia eu como bem normalmente, mas aprendi a compensar qualquer abuso que eu cometo. Fui de um 46 pra um 36 beirando os 30 e foi o maior desafio da minha vida.