quarta-feira, setembro 29

Paracetamol ou obra espírita?


Uma das coisas que os Kardecistas aprendem desde cedo é que nossa filosofia não permite que sejamos o "fiel ou crente pedinte".

O Kardecista estuda a vida e obra dos santos, como exemplo e inspiração que são, mas somos desencorajados e ensinados a não ficar pedindo nada pro santo isso ou aquilo. Não, não somos proibidos de ter imagens de santos, ou de ter nosso altarzinho onde dedicamos florezinhas, muito pelo contrário, é sempre beneficial ao espírito ser gentil e a preciar os esforços alheios ( nesse caso, o do santo ).

E o Kardecista não pede? Claro que pedimos. Claro que nos desesperamos e buscamos conforto na religião, só que de forma diferente. Aprendemos que todo e qualquer pedido deve ser razoável e direcionado diretamente a Deus. Quem estuda obras espíritas, no livro Nosso Lar por exemplo, equipes espíritas de socorro ( espiritos que estão do lado de lá ) recebem os pedidos e o campeão é "Deus, não deixe ( ou deixe ) chover amanhã". Isso é o não-razoável. No centro espírita que eu frequentava você podia escrever num papelzinho seu "pedido", podia pedir orientação para a equipe de médiuns, podia tomar um passe ( que nada mais é que transmissão de energias positivas ). Bom, não vou ficar aqui falando muito porque eu teria que ter tempo de explicar, e hoje não tenho.

Estou falando tudo isso para dizer que hoje me vi na situação de ir no cantinho do banheiro, fazer minha oração e pedir um favorzito a Deus. Eu tenho uma apresentação importantíssima hoje às 3 da tarde. Ontem trabalhei sentada tensa na cadeira (ruim) do escritório por 12 horas seguidas, dormi mal ( preocupada ) e hoje acordei com o estômago embrulhado ( nervoso ) e uma gigantesca dor nas costas. Decidi só tomar remédio pro estômago, e tentar conviver com a dor nas costas. Ela piorou, a um ponto que às 11:30, material da tal apresentação importantíssima já pronto e enviado para os participantes, eu não conseguia sentar, ou me concentrar em nada na minha mesa. Fui então ao banheiro, rezei: Deus, por favor, se for possível alguém vir aqui me dar um passe médico, eu não estou aguentando. E fiz minha parte, tomei um paracetamol, e fui fazer uma caminhadinha até a outra cantina do outro prédio.

Não sei se foi o remédio que atuou em tempo record, se foi o poder da mente, ou se recebi o passe que pedi, mas cheguei na outra cantina em 5 minutos sem dor. E continuo sem dor. Acredito de qualquer forma que no fim, tudo é ação do plano maior: a força que inspira o cientista a inventar o remédio, a força que me inspira a dar uma andadinha ao invés de continuar sentada na cadeira ruim no clima estressante do escritório, o eventual passe espírita que me tirou a dor.

Mistééééério… mas e você, o que acha?

4 comentários:

Helga disse...

Eu acho que Deus não nos abandona nunca. Qualquer que seja a situação, basta pedir e Ele nos concede.
E isso me dá um conforto, uma sensação quentinha no coração que nada mais proporciona.
Boa apresentação, boa sorte!

Jaboticaba Preta disse...

Milagres são isso. Fazemos a nossa parte e Dus abre as portas e ilumina o caminho que devemos seguir.

Boa sorte na apresentação.

Marilia disse...

Aprendi uma Oração bem curta, que eu chamo de Mantra:
"Deus é Misericordioso e de Infinita Providêcia".
Acreditar é tudo. Eu acredito em Milagres. Eu acredito que Deus existe, e que ele nos ama.
Tudo de maravilhoso para você, boa sorte no trabalho e muita saúde.

pacamanca disse...

E eu não vou nem comentar porque senão vai ter neguinho me mandando carta-bomba...

Ainda bem que passou a dor. Depois conta como foi a apresentação. Beijos!