domingo, agosto 31

Ai, a vida...

A vida é um eterno adaptar-se, querer e desquerer, se feliz e minutos depois não mais ser para sê-lo novamente num piscar de olhos... ai ai ai...

Me perguntam se sou feliz. Nunca e o tempo todo. Tem sempre uma felicidadezinha me empurrando e um descontentamento me incomodando. Tenho muito e quero mais, mas sou feliz com o que eu tenho e volta-e-meia me pego pensando que se ficar onde está, já tá bom. Vai entender...

Nossa vida aqui em casa está um tumulto. Vão entregar a casa um mês antes do esperado. Para o Bart, que é uma criatura mais simples do que eu, o stress é um stress plano, é aquele stress de ter que fazer muito em pouco tempo, ter que tomar muitas decisões importantes, coisa simples :o)

Pra mim, além de tudo isso, é me questionar se vale a pena tanto esforço, tanto stress, tanto dinheiro numa casa, que no fim serve primáriamente para te proteger do frio da rua. Mas aí, vem aquela filosofia barata toda que sua casa é seu oásis, que é onde você passa sei lá quanto tempo da sua vida, que é onde você tem que recarregar as baterias... Ah, sei lá viu...

Segunda e quarta teremos mais 3 visitantes. Jurei para mim mesma que não vou enlouquecer como fiz na semana passada. Estou de parabéns, a casa está lindinha, e eu não sofri. Verdade que já estava tudo mais ou menos no jeito desde as fotos e as visitas anteriores, mas "entronizei" que não vai ser meu ferro de passar roupa na prateleira do zolder ao invés de escondido numa gaveta que vai impedir a venda da casa.

Sábado eu estava tãoo estressada, cansada, desanimada, que aproveitei o sol e fui dar muitos rolés de moteeenha, levei uma toalha de praia e me espronchei num parque onde além de ler meu "A thousand splendid suns", tirei até uma soneca, corpo no sol, cara na sombrinha de uma árvore.

E ali naquele instante eu até esqueci que descontinuaram o móvel do banheiro que tínhamos escolhido, que ainda temos que comprar cozinha e eletrodomésticos, que vivemos brigando por cortinhas... Naquele momento só o calorzinho do sol importava.

E que venha o inverno, já disseram que esse foi o último findi do verão. Ai ai, fazer o que, né? O jeito é começar a mexer meus pausinhos pra ir pro Brasil.

1 comentários:

Anônimo disse...

Esse livro eu também li, impressionante, lendo ele me faz feliz por viver num lugar onde mulher não é tratada pior que bicho.
Eu até ficaria feliz pela casa não atrasar, a norma é acontecer o contrário!