quinta-feira, janeiro 28

A versão adrianística da crise de 7 anos do casamento


Como é difícil ficar véia. Tô ficando véia, gente.

Quando eu era mais nova eu queria um emprego que me desse oportunidade para viajar, conhecer outros países. Era o meu deslumbre. Nos meus dois primeiros empregos na Holanda eu viajei tanto, mas tanto!

No começo, eu amava. Aquela excitação toda de aeroporto ( amo aeroportos ), hotéis legais, restaurantes diferentes, umas horinhas roubadas aqui e ali para conhece o lugar onde eu estava. Em 4 anos fui muito pro Reino Unido, pra Espanha, pra Alemanha, até na Ásia fui parar. Jantei num Priory, comi paella num restaurante com estrelinha Michelin em San Sebastián, e tentei aprender a dizer Xé-Xé ( obrigada ) em mandarin quando estive em Taiwan.

Mas chega uma hora que você não se lembra mais se esse aeroporto é aquele do sushi gostoso ou aquele que tem que andar pacas até o estacionamento. E toda comida tem meio que gosto de borracha, e você cansa de dirigir do lado errado da rua debaixo de chuva, neve ou congestionamento. E você fica pê da vida de não poder ir buscar seus gatos no vet quando eles são castrados, e de chegar atrasada pro aniversário do marido, de ficar presa no trem voltando do aeroporto em dia de tempestade de neve. As horinhas roubadas pra fazer um pouco de turismo não compensam mais.

Daí eu ter decidido junto com o marido a separar uma boa grana por ano pra fazer só isso, viajar. Poder acordar e ir visitar a cidade à sua maneira, pegar museus, lojas, tudo aberto e fazer suas compras em paz. Sentar na praça mais bonita da cidade às 2 da tarde e comer um sanduba dando migalhas pros passarinhos…

Só que ultimamente eu e Bart caímos na armadilha do all-inclusive: é praticamente impossível bater o custo-benefício de um, e viramos turistas gringalhões preguiçosos. Só que eu estou meio enjoada, e o marido não. Eu queria viagens como a do ano passado pra Itália, onde ficamos em apartamentozinhos e b&b, andamos pelas encostas de 5 Terre, navegamos pelo lago Como. Quero ver coisas novas, incluindo uns diazinhos na praia, porque pra mim férias sem praia só se for Orlando, mas não quero mais sentar minha bunda numa cadeira de resort e levantar depois de 2 semanas.

Só que agora estou sem opção. Tudo está lotando para os feriados de fim de abril e maio, e eu ainda não decidi o que fazer. Tenho uma passagem de milhagem pros EUA, que se eu não usar vai vencer em agosto, não seria legal, já que eu gosto tanto de Orlando, passar lá uns dias num apartamentozinho e fechar a viagem com uns dias em Miami? Ou fazer NY-Orlando? Tantas opções! Mas Bart está com fobia de cidades grandes, está com horror a enfrentar os novos sistemas de segurança dos aeroportos americanos, e ainda não enjoou da leseira dos resorts.

Por caridade, dêem uma luz, o que fazer? Pra onde ir? Tô com vontade de deixar na mão dele a organização, mas ele nem abrir uma brochura abre. Estou começando a entrar em desespero, porque acabaremos não organizando nada, aí eu não vou achar passagem em última hora, e vamos acaber em algum lugar medonho tipo Marbella.

Help!

2 comentários:

Wilma disse...

Neste site http://www.50por1.com.br do Álvaro Garnero, tem umas experiências de viagem impactantes, talvez lhe dê alguma direção.

Netrixe disse...

Turquia!