segunda-feira, janeiro 17

Lesgueláu


Lesgueláu = let's get loud ( música da J-lo, cantada loucamente por uma animadora de piscina dominicana que não falava inglês ). Pra ela, lesgueláu era "vamo se mexer, povo!"

Lesgueláu, então.

É viagem pra Alemanha, 6 horas de volante no meio daqueles loucos autobahnzeiros.

É test-drive de carro novo.

É zolder que precisa ser feito.

Tem que rolar muito Lesgueláu.

Sem falar das férias de maio, que se eu não reservar agora vão pro babau ( babau combina com Lesgueláu ).

A empresa, olha o sinal de que a economia está melhorando, vai dar bônus por lucratividade esse ano. Não o bônus integral, a metade, mas já é alguma coisa, certo? E sabe o que eu quero fazer com o meu bônus? Substituir a grama do jardim por grama artificial. O "cerumano" tem que se lesgueláuzar muito pra manter grama de verdade bonitinha e verdinha, pra nós, até agora, ela só trouxe briga. Tem que cortar, tem que ventilar, tem que adubar, tem que tirar a erva daninha, tem que rezar e fazer dancinha da chuva ( no nosso caso, do sol ). Não, não vale a pena. Aliás, aqui a grama artificial se chama kunstgras, sendo que kunst é também a palavra para "arte" no sentido de obra artística, então pergunto eu: seria uma grama artificial ou uma grama artística? Só sei de uma coisa: grama natural não é criação de Deus. Ponto final. E eu vou de grama artística :o)

Apesar de eu admirar a prudência da holandesada, que poupa, que planeja, que pesquisa preços, eu não deixo me entristecer um pouco quando vejo algum colega dizer que vai guardar o dinheiro do bonus. Sei lá, em alguns casos o cara já guardou o dinheiro das férias e ficou em casa, guardou o décimo terceiro, vai guardar o bonus. Acho legal quem faz isso com um plano bem concreto a curto prazo, como a assistente do departamento que está guardando e economizando para uma super viagem de 6 semanas pela Austrália, mas ficar guardando só pra ver a conta da poupança engordando, sei lá. Ah, é tão legal se dar um presente bobeira de vez em quando… quer coisa mais bobeira do que grama artística?

Eu acho os holandeses ultra conservadores com dinheiro, acho que poupam bastante, e admiro muito isso. Vindo da cultura "Casas Bahia", acho bom mesmo o povo que guarda e compra o que precisa à vista. Diz o meu funcionário Senhor que cada vez mais a holandesada está se deixando levar pelas propagandas de TV e está se enfiando em financiamento. Acho isso perigosíssimo, ainda mais em tempos de crise. Aliás, vi um programa tragi-comédia americano chamado Repo. Repo é quem vem pegar o bem que não foi pago de volta. Nesse caso era o carro de uma dondoquinha inadimplente, um BMW conversível. E saiu palavrão, xingamento, até chave de pescoço e tapão rolou! Muito deprimente que até disso tenham feito em realityshow.

Bom povo, tcheu lesgueláu daqui, você lesgueláu daí e vâmo cuidar da vida que a morte é certa.

Lesgueláu nessa segunda!

4 comentários:

Nadja Kari disse...

hahaha ri muito e me lembrei de quando cuidava de umas crianças logo que voltei da Holanda... e uma das meninas escreveu na lousa "all de singilárys" Demorei pra pegar e depois entendi, a musica favorita da menina " all the single ladies"...
Morri de rir! Mesmo!!!

Carol disse...

Oi! Tudo bom? Achamos seu blog na Internet vez que estamos programando uma viagem para Holanda em abril. Vamos visitar um amigo padre que mora em Uden, perto de Eindhoven. A pergunta é: Vale a pena ficarmos um ou dois dias em Eindhoven?O que tem de legal para fazer por aí?Ou indica ficarmos em Amsterdã? Obrigada, pela paciência. Carol.

Carol disse...

Desculpe, esqueci de mencionar, o pronome "nós" é porque vamos eu e meu marido. :)

Adriana disse...

Carol, Amsterdam é a cidade mais bonita da Holanda, na minha humilde opinião. Logo, eu te diria pra ficar por lá, já que os transportes são fáceis. Agora, se você quiser ficar lá uns dias e cá embaixo outros, fique em Den Bosch, igualmente perto mas muito mais charmosa que Eindhoven. Aqui é interessante só se você for alugar uma bicicleta na estação e fazer as rotas da cidade, senão tem pouco o que fazer. Um abraço, Adriana